Portugal era o perdedor esperado da final do Campeonato da Europa de Sub-20, frente aos Países Baixos, mas regressou de Praga com o título, o quarto do historial da Seleção, após 2017, 2018 e 2019.
Cinco anos depois do último título, os lobinhos levantaram o troféu no campeonato em que não competem as seleções que integram o torneio das Seis Nações do escalão (Inglaterra, Irlanda, Escócia, França, País de Gales e Itália), e ainda a Geórgia (desde 2015, quando subiu ao Mundial do escalão) e Espanha (desde o ano passado). Venceram, na final, os Países Baixos (46-14), seleção campeã em título que tinha afastado nos dois últimos anos o XV português da final. Portugal foi terceiro classificado em ambos.
Foi uma estreia de sonho para o novo selecionador, nomeado em agosto. Callum McLean, neozelandês casado com uma portuguesa e radicado em Portugal após o Covid-19, antigo técnico-adjunto do Cascais, é atual Diretor Técnico da equipa da Linha e responsável máximo pela formação dos treinadores e pela equipa de sub-18.
Acompanhado por Marcelo D’Orey e Gonçalo Foro, lobos do mundial 2007, iniciou em setembro os trabalhos «durante seis semanas, aproximadamente com 40 jogadores» dos quais «26 estiveram para a Praga», declarou a A BOLA o antigo jogador nascido numa pequena província perto de Wellington, Nova Zelândia, e que emigrou cedo para Itália, onde esteve 17 anos como jogador e treinador.
A viver o feito presente, recorda a geração tricampeã europeia (2017 a 2019) de onde saíram alguns lobos (Storti, Portela, Bento, Costa e Marta). «Era uma geração incrível de jogadores. Mas acho que vai ser outra geração de jogadores de qualidade», antevê. «Alguns destes novos jogadores, tivemos de deixar alguns para trás, vão longe, não só aqui em Portugal, mas talvez com oportunidades noutros países».
Formada por alguns jogadores mais experientes que «desceram» das convocatórias dos Lusitanos, franquia da Federação Portuguesa de Râguebi, a seleção nacional assume-se como «uma ótima mistura, porque temos um grande número de jogadores, talvez 14 dos 26, que podem jogar novamente para o ano, foi uma ótima experiência para eles e é um bom sinal para Portugal», garantiu.