
O veterano tenista italiano Fabio Fognini anunciou esta quarta-feira o fim imediato da sua carreira, nove dias depois da eliminação na primeira ronda de Wimbledon, perante o espanhol Carlos Alcaraz, bicampeão em título do Grand Slam londrino.
"Hoje, é oficial, disse adeus a todos", disse Fognini, de 38 anos, que, no primeiro dia de Wimbledon, obrigou o jovem Alcaraz, número dois mundial, a um longo encontro de cinco sets, no court central do major de relva londrino, na "melhor forma de se despedir".
Fognini, conhecido pelo seu temperamento, que o levou a ser várias vezes multado, terminou a carreira com nove títulos de singulares, o principal o Masters 1.000 de Monte Carlo em 2019, ano em que chegou à sua melhor posição de sempre no ranking, ao subir ao nono lugar.
"Sofri muito com lesões nos últimos três anos. Sempre estive motivado, ainda adoro este desporto e tenho muitas recordações. Joguei contra o Roger [Federer], o Rafa [Nadal] e o 'Nole' [Novak Djokovic]. Era impossível para mim ganhar um Grand Slam", afirmou.
Antes de abandonar Londres, Fognini, que não vencia um encontro no circuito ATP desde o Masters 1.000 de Xangai, em outubro, garante que ainda vai apoiar o compatriota Flavio Cobolli frente ao sérvio Novak Djokovic, nos quartos de final.
Fognini tornou-se o primeiro italiano a entrar no top 10 desde 1979 e o primeiro transalpino a chegar aos quartos de final de um major desde 1998, que conseguiu em Roland Garros em 2011, abrindo as portas a uma nova geração de tenistas talentosos do país, liderada por Jannik Sinner, número um mundial.
"Tive este trabalho durante 20 anos e não sei fazer mais nada", concluiu o carismático e muitas vezes polémico Fognini.