
Concluído o Mundial de Clubes com a vitória do Chelsea e a procedente congratulação da FIFA sobre o torneio que decorreu nos Estados Unidos, a FIFPro, Sindicato de Jogadores a nível mundial, veio a público criticar Gianni Infantino, através do seu presidente, Sergio Marchi, em declarações reproduzidas pela ESPN e BBC.
No entender do dirigente, o líder da FIFA é comparável a Nero, antigo imperador do Império Romano, conhecido pelos grandes espetáculos desportivos que organizava.
«Uma encenação grandiloquente, inevitavelmente reminiscente do "pão e circo" da Roma de Nero - entretenimento para as massas enquanto, nos bastidores, se aprofundam a desigualdade, a precariedade e a falta de proteção dos verdadeiros protagonistas», começou por dizer.
Além disso, Marchi acusou Infantino de fomentar o aumento das «receitas à custa dos corpos e da saúde dos jogadores», complementando o raciocínio com a respetiva caraterização pessoal do Mundial de Clubes.
«Gerou entusiasmo entre inúmeros adeptos e permitiu que algumas das principais figuras mundiais fossem vistas num único torneio. Esta competição esconde um afastamento perigoso da verdadeira realidade enfrentada pela maioria dos futebolistas em todo o mundo», acrescentou ainda.
«O que foi apresentado como uma celebração global do futebol não passou de uma ficção criada pela FIFA, promovida pelo seu presidente, sem diálogo, sensibilidade ou respeito por aqueles que sustentam o jogo com o seu esforço diário», concluiu o máximo dirigente da FIFPro.
Recorde-se que a FIFPro não foi convidada por Infantino e restante comitiva para a reunião sobre o bem-estar dos jogadores, que decorreu na véspera da final do torneio com outras associações sindicais do mesmo cariz.