Com a fornada de sub-17 que se sagrou campeã da Europa da categoria, subiram para 246 os futebolistas portugueses que venceram os mais diversos campeonatos europeus e mundiais nos diversos escalões, dos sub-16 aos seniores: 212 nos escalões mais baixos e 34 apenas como seniores (Euro-2016 e Liga das Nações-2019).

Descontemos os 34 que venceram provas apenas como seniores. São os casos de Adrien Silva, André Gomes, Anthony Lopes, Bernardo Silva, Beto, Bruno Alves, Bruno Fernandes, Cédric, Ronaldo, Danilo, Diogo Jota, Dyego Sousa, Éder, Eduardo, Eliseu, Gonçalo Guedes, João Cancelo, João Félix, João Mário, José Fonte, José Sá,Mário Rui, Nani, Nélson Semedo, Pepe, Pizzi, Rafa Silva, Raphaël Guerreiro, Renato Sanches, Ricardo Carvalho, Rúben Dias, Rúben Neves, Rui Patrício e William Carvalho.

Chegamos, pois, a 212 jogadores que, dos sub-16 aos sub-20, venceram competições internacionais pela Seleção de Portugal. E destes quantos quantos chegaram à Seleção principal? Apenas 56. Ou seja, 27 por cento. Não é muito.

Ei-los: Abel Xavier, Beto, Bino, Bruno Vale, Capucho, Carriço, Custódio, Dani, Diogo Costa, Diogo Dalot, Duda, Emílio Peixe, Fernando Couto, Filipe, Folha, Francisco Trincão, Gedson Fernandes, Hélder Barbosa, Hélio, Hugo Leal, Hugo Viana, João Alves, João Moutinho, João Vieira Pinto, Jorge Costa, Jorge Couto, José Moreira, Luís Figo, Marco Caneira, Mário Silva, Miguel, Miguel Veloso, Nélson, Nuno Gomes, Oliveira Duarte, Paulo Alves, Paulo Machado, Paulo Madeira, Paulo Santos, Paulo Sousa, Paulo Torres, Fernando Peres, Quim, Rafael Leão, Raul Meireles, Ricardo Costa, Ricardo Quaresma, Rodrigues, Rui Bento, Rui Costa, Serafim, Simão Sabrosa, Simões, Tonel, Tulipa e Vieirinha.

Grosso modo, só um em cada três campeões da Europa ou do Mundo por Portugal nas camadas jovens chega à Seleção A. É a alta competição no seu esplendor. Quanto mais alto é o patamar, menos lá chegam. No futebol ou em qualquer outra profissão.

E quantos daqueles 212 jogadores que chegaram à Seleção A somaram mais de 25 internacionalizações? Apenas 26. Ou seja, 12 por cento. É uma espécie de funil que vai apertando cada vez mais o caminho.

Eis esses 26 nomes, que são já grande parte da nata do futebol português: António Folha, António Simões, Beto, Capucho, Danilo Pereira, Diogo Costa, Diogo Dalot, Eduardo, Fernando Couto, Fernando Peres, Hugo Viana, João Moutinho, João Pinto, Jorge Costa, Luís Figo, Miguel, Miguel Veloso, Nuno Gomes, Paulo Sousa, Quim, Rafael Leão, Raul Meireles, Ricardo Quaresma, Rui Costa, Simão e Vitinha.

Todos os 26 estiveram em grandes competições internacionais representando a Seleção A de Portugal. Do Mundial de 1966 ao Europeu 2024.

As duas gerações de campeões do Mundo de juniores (1989 e 1991) foram as que tiveram mais jogadores a chegar à Seleção A. A de 1989 teve 9: Fernando Couto, Filipe, Folha, Hélio, João Pinto, Jorge Couto, Paulo Alves, Paulo Madeira e Paulo Sousa. A de 1991 teve 11: Luís Figo, Emílio Peixe, Rui Costa, Jorge Costa, Abel Xavier, Paulo Torres, Nélson, Rui Bento, Capucho, João Pinto e Tulipa.

Na de 1989, nove não foram internacionais A: Brassard, Abel Silva, Morgado, Tozé, Xavier, Bizarro, Resende, Valido e Amaral) e na de 1991 sete não chegaram à Seleção principal: Brassard, Gil, Luís Miguel, Tó Ferreira, Cao, João Oliveira Pinto e Toni). Ou seja, dos 34 campeões do Mundo das duas gerações (Brassard e João Pinto estiveram nas duas edições), 19 chegaram à Seleção A. Ou seja, 56 por cento. Número muito elevado.

Também as gerações de 1961 e 1999, ambas campeãs da Europa de sub-18, tiveram muitos jogadores a atingir a Seleção A: Simões, Oliveira Duarte, Rodrigues, Fernando Peres, Serafim e Carriço em 1961 e Ricardo Costa, Tonel, Duda, Moreira, Miguel e João Alves na de 1999.

A geração de campeões com menos jogadores a chegar à Seleção A foi a do Europeu-1995 de sub-16. Apenas Marco Caneira chegou aos AA.

Se estes números (só 27% dos campeões da Europa ou do Mundo chegaram à Seleção A e só 12% passaram as 25 internacionalizações A) não são especialmente atraentes, a mais lados da moeda.

Nada menos de 39 dos 52 futebolistas portugueses com mais internacionalizalizações A (acima de 49 jogos) nada ganharam nas camadas jovens de Portugal. A começar por dois dos três que foram considerados melhores do Mundo: Eusébio e Ronaldo. A eles juntam-se mais 37 grandes nome: Pepe, Nani, Rui Patrício, Bernardo Silva, Bruno Alves, Ricardo Carvalho, Pauleta, William Carvalho, Vítor Baía, Ricardo, Bruno Fernandes, Deco, Danilo Pereira, Hélder Postiga, João Silva Pinto, Nené, Rúben Dias, Tiago, Raphael Guerreiro, Humberto Coelho, Manuel Bento, Paulo Ferreira, João Cancelo, Hugo Almeida, Mário Coluna, Petit, Sérgio Conceição, João Mário, Rúben Neves, Oceano, Fernando Meira, André Silva, Costinha, Maniche, Fábio Coentrão, Jorge Andrade e José Fonte.

E se esta geração de campeões da Europa quer chegar à Seleção A (e quer), não precisa de ser sôfrega e querer chegar lá já no próximo ano. Se Espirito Santo, Coluna, Eusébio, Simões, Humberto Coelho, Jordão, Gomes, Chalana, Futre, Litos, Peixe, Figo, Nuno Gomes, Simão, Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo, João Moutinho, Nani, João Félix ou Nuno Mendes lá chegaram com menos de 20 anos, há muitos casos de jogadores que chegaram aos AA perto dos 30 anos. E um deles foi campeão da Europa. José Fonte, estreou-se na Seleção A com 30 anos e 11 meses. Paulinho, César Peixoto, Norton de Matos e Manuel Bento tinham 28. Rui Silva e Nuno Valente tinham 27.