Jorge Fonseca lamentou hoje os "erros próprios" que o eliminaram na segunda ronda dos Mundiais de judo de Budapeste, depois de perder a 13 segundos do final de um combate em que virou as costas ao adversário.

"Os erros que continuo a cometer custam-me caro. Isto é a realidade das coisas. Não vou lamentar. Cometi o erro, paguei caro", disse no final o judoca português, visivelmente abatido e consciente da falha.

Fonseca, de 32 anos, que foi campeão mundial em 2019 (Tóquio) e 2021 (Budapeste), reafirmou ter noção que não tem estado bem, longe dos tempos que lhe deram o 'topo do mundo' e o bronze olímpico nos Jogos de Tóquio2020, em 2021.

"Cometi alguns erros que custam caro neste Mundial. Já não posso estar a cometer estes erros, um erro destes custa uma medalha num campeonato do mundo. Estou extremamente triste com a minha atitude, porque acho que não devia estar a cometer estes erros que me custam meses, anos de carreira (...) e perder da forma que perdi", insistiu.

Com o combate empatado a poucos segundos do final, diante do número seis mundial, Jorge Fonseca explicou que quis tirar Kotsoev da frente e puxar para o lado, mas que falhou as pegas e, de repente, foi contra-atacado.

"É como o meu treinador [Pedro Soares] diz: eles não me ganham, eu que lhes dou a vitória", lamentou.

Jorge Fonseca adiantou que ainda falta algum tempo para os Jogos Olímpicos de Los Angeles2028, mas que pretende ter o apoio e trabalho de base com a psicóloga, algo que o ajudou quando foi campeão mundial.

"Nesta fase, faltam mais três anos, fazer um trabalho com a psicóloga. Nas partes de desespero, quando temos o apoio da psicóloga, torna tudo mais fácil e eficaz. Voltar a fazer o trabalho de base e voltar ao Jorge que eu era. Tenho capacidade para estar no pódio", garantiu o judoca.