
O crepúsculo de Messi põe-se sobre Miami. É o epílogo de uma carreira brilhante, assombrosa, cicatrizada por títulos, recordes pessoais, sucessos coletivos e momentos para a eternidade.
Aos 37 anos, o menino de Rosario terá mais uma mão cheia de aparições nos palcos mais mediáticos. Este Mundial de Clubes, claro, e certamente o Campeonato do Mundo de 2026. A próxima Copa América realiza-se em 2028 e parece já demasiado distante.
Cada jogo de Messi serve para mais um abraço. Mais uma aparição para mais tarde recordar. Melhor de sempre? Talvez. Némesis de Cristiano Ronaldo? Claro que sim.
Aproveitemos enquanto é possível.
O próximo capítulo de Lionel Andrés Messi passa por Atlanta, no estado da Georgia, e colocará o astro argentino e o Inter Miami olhos nos olhos com o FC Porto.
Nos impressionantes 1123 jogos oficiais enquanto sénior, sabe quantas vezes Messi defrontou os dragões?
Uma vez. Apenas e só. A 26 de agosto de 2011, o Barcelona de Pep Guardiola bateu o FC Porto de Vítor Pereira no Monaco, para a Supertaça Europeia: 2-0, golos de... Leo Messi e Fabregas.
Quase 14 anos depois, Messi voltará a ter o FC Porto do outro lado da barricada. E um compatriota no banco de suplentes dos portistas.
Messi, Anselmi e a paixão pelo Newell's Old Boys
Martín Anselmi só tem mais dois anos do que Leo Messi. Partilham o local de nascimento (Rosario) e a paixão pelo clube da terra (Newell's Old Boys).
Em 2022, numa entrevista à ESPN, Anselmi confessava essa sua «paixão assolapada» pelos Leprosos.
«O único sonho que tenho como treinador é poder dirigir, um dia, o Newell's. É o clube do qual sou hincha», referiu o atual treinador do FC Porto.
Messi já anunciou também o desejo de acabar a carreira no emblema rojinegro. Provavelmente, ambos falarão sobre esse amor comum pela La Máquina, na relva de Atlanta.
Messi e o Dragão: unidos para sempre
Não, não nos esquecemos. Para a história de Lionel Andrés Messi com o FC Porto ficar completa, falta falar do jogo que não surge nos dados oficiais: a inauguração do Estádio do Dragão, a 16 de novembro de 2003.
Nesse 2-0 para o FC Porto, de caráter informal e amigável, surgem os golos de Derlei e Hugo Almeida, e um rapazito de 16 anos a saltar do banco de suplentes do Barcelona aos 74 minutos.
Pela primeira vez, Messi participou num jogo da equipa sénior do Barcelona. Substituiu Fernando Navarro e esteve perto de marcar a Nuno Espírito Santo. O relvado, em péssimas condições, adiou essa fatalidade.
Uma fatalidade que haveria de surgir 672 vezes nos 17 anos do génio com a camisola blaugrana. Coisa pouca.
De 2003 a 2025, a viagem de uma carreira inigualável. Do Dragão a Atlanta, o FC Porto e Messi.