
Miguel Oliveira não escondeu a frustração após ser forçado a abandonar a corrida de Assen devido a um incidente que classificou como um “incidente típico de semáforo”. O piloto português, que tinha feito uma excelente partida ganhando três posições logo de início, viu o seu fim de semana arruinado por uma sequência de eventos que começou com uma manobra arriscada de Johann Zarco na quinta curva.
‘Fiz uma boa partida novamente. Havia ganhou já três lugares, e tudo estava a correr bem. Mas na curva cinco, o Zarco foi pelo interior, ficou ao lado de dois tipos, e o Jack estava mesmo atrás deles’, explicou Oliveira, detalhando como a manobra de Zarco criou uma reação em cadeia que acabaria por ditar o seu destino na corrida neerlandesa.
O momento crítico chegou quando Jack Miller foi obrigado a travar bruscamente para evitar o contacto com os pilotos à sua frente. ‘E então o Jack teve de travar. E quando o Jack travou, eu abri o acelerador. E por isto assim, toquei na roda traseira dele’, revelou o piloto da Pramac, assumindo a sua parte de responsabilidade no incidente que mudou completamente o rumo da sua corrida.
Apesar do toque, Miguel Oliveira conseguiu evitar uma queda mais grave graças à intervenção inesperada de Ai Ogura. ‘Estava quase a ser atirado para o outro lado, mas felizmente, o Ai Ogura estava lá. Ele segurou-me, então não caí. Ele caiu, e eu voltei à corrida’, admitiu o português, reconhecendo que a sua sorte contrastou com o azar do piloto japonês.
Com a moto severamente danificada, Oliveira tentou ainda prosseguir na corrida, mas os danos revelaram-se demasiado extensos para permitir uma prestação competitiva. A realidade impôs-se rapidamente, deixando o piloto de Almada sem pontos num fim de semana que prometia ser bem mais produtivo para a sua classificação no campeonato mundial.