Neemias Queta estreou-se no cinco inicial na fase regular da NBA no jogo desta madrugada diante dos Atlanta Haws. No final da partida, o poste português dos Celtics comentou a situação e revelou que só soube que ia ser aposta de Joe Mazzulla horas antes. «Na verdade, não me disseram que ia começar. Descobri-o no passeio da manhã.»

Na verdade, isso pouco mudou na atitude de Neemias. «Entrei com a mentalidade de sempre, para apenas tentar contribuir para a vitória, jogar o mais forte possível e tentar fazer sempre a jogada certa.»

O português foi alvo de muito incentivo do Mazzulla durante os minutos iniciais da partida. «Estava apenas a tentar responsabilizar-me. Sentia que estava sempre um passo atrás nas primeiras jogadas. Resultou. Porque o fez? Realmente não sei. Às vezes, acontece. Ouvimos o que eles têm para dizer e tenta-se ser melhor na jogada seguinte», explicou.

Queta melhorou na segunda parte. «Senti-me muito mais confiante. Normalmente é a altura em que entro no jogo», atirou, antes de retirar qualquer nervosismo nos primeiros minutos da equação: «Não, não pensei muito nisso. Estava apenas feliz por estar a jogar contra os melhores jogadores deles muito cedo e a tentar ver como me adaptava a isso. Sinto que ainda há muita coisa que posso aprender ou melhorar, eventualmente. Estou a aprender novos sistemas, novas formas de defender e a ter impacto de diferentes maneiras. Quanto mais conseguir desenvolver essas capacidades e apropriar-me delas, sinto que posso ter um grande impacto.»

Al Horford foi um apoio importante em campo, confirma Neemias: «Só para me dizer onde devo estar. Normalmente, ele está sempre no sítio certo às horas certas. Ele tenta sempre colocar-me sob a sua alçada e tenta ensinar-me o mais que pode. Está claramente a resultar.»

Questionado se gostaria de receber passes um pouco melhores por parte dos companheiros, Neemias desvalorizou a situação. «Gosto de jogar com rapazes assim. Todos estes rapazes são altruístas e estão sempre a tentar fazer a jogada certa. Quando estou debaixo do aro, sinto que eles percebem. Só têm de a atirar para lá e, na maioria das vezes, eu apanho-a. Estes rapazes já passaram por tudo isto que estou a passar. Querem-no a muitos níveis diferentes. São muito importantes para o que fazemos aqui. Ter esse impulso extra de confiança, esse nó extra de crença em mim, permite-me entrar no meu jogo e torna-me ainda melhor ou mais, diria eu, descontraído.»