Durante o Mundial de Clubes o jornal A BOLA conta-lhe, diariamente, uma curiosidade relacionada com um dos clubes participantes na primeira edição desta nova versão da prova. 

Ao contrário do estatuto atual do clube, o Al Hilal nasceu contra a corrente. Após resistência inicial, dada a menor valorização do futebol por parte da classe alta da Arábia Saudita, a 14 de outubro de 1957 nasceu mesmo o Olympic Club, pela arte e engenho de Abdulrahman bin Saeed.

O nome original durou tanto tempo quanto a passagem de um dos impulsionadores do desporto saudita pelo clube. A 2 de dezembro de 1958, após um torneio quadrangular que contou com a participação do Olympic Club, o Rei Saud rebatizou a equipa sediada em Ríade como Al Hilal.

Apesar de ter outras opções em cima da mesa, como Al Yamama ou Al Wahda, Al Hilal venceu pelo simbolismo. Em árabe, Hilal significa quarto crescente, primeira fase do ciclo lunar que determina o início do Ramadão e de um novo mês no calendário islâmico.

Apesar das quatro mudanças de emblema efetuadas pelo Al Hilal desde 1957, o quarto crescente lunar esteve sempre presente, primeiro como um elemento isolado e nos três desenhos seguintes como parte integrante de uma bola.

A mudança para um desenho mais minimalista, em 2022, reforçou a presença lunar: dois quartos crescentes integram a composição da letra H, representativo da palavra Hilal, e da letra S, numa alusão ao reino da Arábia Saudita.

As ligações às raízes fundacionais do clube refletem-se ainda na camisola que irá ser envergada no Campeonato do Mundo. A camisola adornada por riscas em diferentes tons de azul é abrilhantada por um quarto crescente na parte superior.

Mais do que redefinir a identidade do Al Hilal, a decisão tomada pelo Rei Saud em 1958 marcou o início do apoio real que contribuiu para o estabelecimento do clube como uma das principais potências do futebol asiático nas sete décadas seguintes.

O Al Hilal é mesmo o máximo vencedor da história da Liga Saudita (19), da Taça da Arábia Saudita (13) e da Ligas dos Campeões Asiáticos (4), somando 53 títulos em todas as competições desde a fundação, em 1957. Apesar do domínio registado no continente asiático, melhor classificação que conseguiu no Mundial de Clubes foi um segundo lugar em 2022, quando perdeu diante do Real Madrid (3-5).

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