
O Plano Especial de Revitalização (PER) da SAD do Boavista vai ser chumbado. Para além de situações de incumprimento que terão de ser regularizadas, nomeadamente à Autoridade Tributária e à Segurança Social, Record apurou que os axadrezados lidam com a pressão complementar causada pelo facto de uma dívida de 53M? à Somague, ainda relativa à construção do Estádio do Bessa, ter transitado para a sociedade devido a um aval anterior.
Um caso de garantias cruzadas, quando Vítor Murta era apenas líder do clube, que levou agora à inclusão deste montante na esfera da sociedade, provocando um acréscimo significativo da dívida reconhecida, constituíndo mesmo 34% do valor global.
Pese embora este novo obstáculo, a porta para um novo acordo no pós-PER, nomeadamente por parte da Autoridade Tributária, está aberta. Esse é também o entendimento da Segurança Social, perante as informações prestadas ao Boavista, pese embora o voto contra do novo PER, desde que os montantes em falta sejam regularizados.
Licenciamento para a 2.ª Liga em curso
Apesar de criar um novo constrangimento, o chumbo do PER não coloca diretamente em causa o licenciamento obrigatório para o Boavista poder competir na 2.ª Liga em 2025/26. Isto porque, devido aos prazos legais, a constituição do novo PER não estaria concluída dentro do período de validação documental definido pela Liga, até ao final de junho.
Nesse cenário, e para se manter em atividade dentro das quatro linhas, o Boavista terá de regularizar obrigatoriamente a situação junto da Autoridade Tributária e da Segurança Social. Uma prioridade que, segundo apurou o nosso jornal,a SAD acredita que conseguirá solucionar até meados de junho, pelo que se mantém otimista em relação a este processo.