
Rui Borges concedeu, à RTP, uma entrevista que serviu como uma espécie de antevisão ao dérbi da final da Taça de Portugal com o Benfica (domingo, 17h15). Além de ter considerado que não haverá um favorito no Jamor, o treinador do Sporting revelou ainda que está "expectante" quanto à possibilidade de poder vir a subir a mítica escadaria e deixou em dúvida a utilização de Diomande, que saiu lesionado do último jogo do campeonato, frente ao V. Guimarães.
Depois da festa já estão de pés no chão de olho no próximo objetivo?
"Sim, claramente. O festejo e o aproveitar da conquista, tiveram dois ou três dias para o fazer, com todo o direito. A partir do momento em que começámos a treinar, a equipa está ligada e focada no que é voltar a conquistar mais um título para a história do Sporting e para a história individual de cada. Tentar fazer a dobradinha que já foge há mais de 20 anos ao Sporting para assim ficar com mais um troféu".
Não perdeu frente ao Benfica esta época. Sente-se favorito ou em vantagem?
"Penso que não. São jogos e histórias diferentes. Taça da Liga, campeonato, Taça de Portugal... Jogos diferentes. Uma coisa é as equipas conhecerem-se em termos individuais, em termos coletivos também. Estarmos preparados para o que cada um faz. Mas será sempre um jogo muito disputado, o início do jogo dá e cria nuances. Temos o exemplo do último jogo quando marcámos cedo na Luz e transforma o jogo. Conhecemo-nos bastante bem, tanto de um lado como do outro. Acima de tudo será sempre um grande jogo porque tem grandes intervenientes".
Há vantagem de os seus jogadores terem estado neste palco na época passada?
"Acima de tudo espero que sirva de mais motivação para o que não fomos capazes de concretizar na época passada, a dobradinha. Que essa perda sirva de motivação para que este ano consigamos fazê-lo".
Vai poder contar com Diomande?
"O Diomande está em dúvida pelo problema que teve no jogo com o Vitória. Vai ser até em cima do jogo. Tomaremos a melhor decisão dentro das condições em que ele estará. Mais perto do jogo tomamos a decisão".
A conquista da Taça pode dissipar as dúvidas de quem acha que não é o treinador certo para o Sporting?
"Não, não olho nesse sentido, olho sim no que é acrescentar valor ao nosso trajeto, acrescentar à história do Sporting e ficar nela por mais uma conquista. Como atleta ou treinador é algo que sonhava, chegar à final da Taça de Portugal. Nos escalões inferiores é a única competição que disputamos em fases iniciais. É algo que queria e desejava muito, desde novo. É desfrutar do momento e da final".
Já desenha na sua cabeça esse momento de entrar no Jamor e a possibilidade de subir a escadaria?
"Sim, expectante em relação a isso. É um troféu que marca pela sua emoção, paixão e festa. Quero desfrutá-lo ao máximo, é algo que desejava muito. Que a festa seja bonita e espetacular. Quero desfrutar da final e ter a capacidade de a ganhar".
Como reagiu ao desafio do Pote do tricampeonato? Último jogo de Gyökeres?
"O Viktor está focado no jogo, quer ganhar e marcar. É muito competitivo e procura sempre mais e melhor. Tem contrato com o clube, não me posso alongar. O seu futuro está, para já, no Sporting. Em relação ao Pote demonstra a ambição deste grupo, a coragem, querer e fome que têm por mais. Ganhámos o campeonato, felizes pela conquista, mas já estão a pensar em conquistar mais e na próxima época, que será ainda mais difícil do que esta, para serem de novo campeões".