
Rui Borges, treinador do do Sporting, realizou, este sábado - em conferência de imprensa -, a antevisão à final da Taça de Portugal diante do Benfica e assumiu que Ousmane Diomande está em dúvida para o jogo.
Para além disso, o técnico leonino deixou rasgados elogios ao capitão Hjulmand e a Gyokeres, avançado que considera ser «o melhor na Europa».
Rui Borges em discurso direto:
Dúvidas para o jogo: «Diomande está em dúvida até à hora do jogo. Está a fazer o seu trabalho. Apenas e só o Diomande está em dúvida. Vamos ter de esperar pelo jogo de amanhã. Que acabe como comecei, que é sinal de que ganhamos. Tem sido um desafio muito grande para nós enquanto equipa técnica, percebermos algumas coisas, irmos um pouco à parte do jogador. Sou muito de ouvir porque se eu não consigo ter os jogadores do meu lado, não me adianta de nada ser bom treinador e ter bons exercícios porque não se vão agarrar à ideia. O grupo é incrível. Têm uma amizade entre todos, um verdadeiro espírito de família. Para mim foi fácil nesse sentido. Porque ninguém fugiu do caminho. Jamais perderam a ambição de ganhar, de ter essa fome de ganhar e por isso merecíamos muito sermos campeões nacionais e agora merecemos muito vencer a Taça de Portugal.»
Sobre Hjulmand: «Já falei várias vezes sobre a importância que o Hjulmand tem para o grupo. Por isso é que aos 25 anos é capitão do Sporting. É um capitão que basta olhar para ele, a presença dele que se respeita logo. Está sempre a ligar o grupo, sempre comprometido, sempre com as palavras certas. Aos 25 anos ser capitão do Sporting e representar tudo aquilo que representa para o grupo é de alguém que é especial. A minha liderança passa também pela liderança dos capitães e a dele é muito fácil. É indispensável, mas tem contrato com o clube. Está ligado ao Sporting, gosta muito do Sporting e está feliz. Vejo-o muito feliz e ligado ao futuro do Sporting.»
Já tem 11 definido? Não, ainda não tenho. Por causa do Diomande e também uma ou outra situação. Também não quer que eu diga o onze... [risos]. Acho que o Sporting, à sua maneira, estava forte o ano passado e está muito forte este ano. Campeão nos dois anos. Mas foco-me muito neste ano, na minha equipa. O ano passado é passado. Houve muitas contrariedades. O St. Juste foi expulso, se bem me lembro. Que seja um grande jogo. Que as pessoas saibam estar. Quero deixar uma palavra aos nossos adeptos, que foram muito importantes ao longo da nossa caminhada. Quero deixar um apelo ao fair-play. As minhas lembranças da Taça são sempre boas. E que assim seja amanhã. Que deixemos recordações boas, dentro de campo para nós e fora dele também. Que saibam estar. Que se respeitem. Que se divirtam. Mas que no fim ganhe o Sporting e que o jogo seja lembrado como um grande jogo e uma festa muito bonita.»
O que espera de diferente em relação ao último dérbi? «Será um jogo muito competitivo, um pouco à imagem dos outros. Amanhã não vai fugir muito disso. A indivualidade irá aparecer num momento ou outro. São duas equipas que se conhecem muito bem, tanto a nível coletivo como individual. Será decidido num lance de inspiração muito individual. Aconteceu assim nos anteriores e creio que será também assim amanhã.»
Futuro de Gyokeres: «Em relação ao Viktor, e é bem demonstrativo na cara dele, como está feliz no Sporting. Quer marcar amanhã, está muito focado nisso, e bem. Sabe que fez uma grande temporada. É o melhor avançado da Europa. Vai ser apetecível, mas tem cláusula. Mas sei que se não sair que continuará feliz no Sporting porque é assim que ele se sente. Controlar as emoções nos festejos? Para mim foi fácil. Os jogadores festejaram e muito bem. A partir do momento em que estamos a treinar, eles estão focados. Não é preciso dizer nada. É um grupo muito motivado, que quer ganhar sempre e sempre. Queremos acrescentar a 18ª Taça de Portugal à história do clube.»
Sobre o mercado: «Acredito que ficará se não todo, grande parte do grupo. Tem sido essa a política do clube nos últimos anos e isso é demonstrativo das conquistas. Há cláusulas, há coisas que não conseguimos controlar. Mas acredito que grande parte do plantel ficará para a próxima época. O esquema tático? É a forma como vocês olham para o jogo e para o sistema. Vou puxar um pouco a cassete. Se forem ver os meus jogos do Vitória SC, em 80 por cento do tempo do jogo começávamos com uma construção a três. Não fugi à minha ideia de jogo, fui adaptando comportamentos. As minhas bases estão lá. Claro que talvez tenha mais tempo - e vou ter, de certeza - para treinar coisas mais específicas e de forma mais rigorosa. Não tive grande tempo para isso. Daí ter dito que foi um grande desafio para nós enquanto equipa técnica, de tentarmos não fugir ao que é a nossa ideia.»
Sporting favorito? «Muito sinceramente, acho que não. São as duas melhores equipas do campeonato, motivados à sua forma e à sua maneira por questões diferentes. É 50-50. Uma final da Taça de Portugal. Bons jogadores nas duas equipas. Será certamente um jogo muito equilibrado.»