
Ruud Gullit concedeu uma entrevista ao jornal A Bola. Antigo futebolista neerlandês falou sobre Ruben Amorim no Manchester United.
Ruud Gullit entende as dificuldade de chegar a um novo clube a meio da temporada, quando questionado por Ruben Amorim no Manchester United. Em entrevista ao jornal A Bola, o antigo futebolista neerlandês acredita ainda que o português só «merece ser julgado na próxima temporada»:
«É sempre muito difícil chegar a meio da temporada. Não se pode mudar muito e há um risco enorme que essa opção prejudique a sua reputação. E eu compreendo, porque nunca sabemos se o comboio volta a passar e ele pensou ‘ tenho de apanhar este’. Amorim merece ser julgado na próxima temporada, depois de ter tido uma pré-temporada completa, de escolher jogadores que quer, mandar embora aqueles que não gosta e fazer a sua equipa. Até lá é preciso ter paciência».
Ruud Gulit jogou no Chelsea entre 1995 e 1998 e foi questionado sobre o momento atual do clube:
«O Chelsea ainda parece um enigma. É difícil dizer o quão bons – ou não tão bons – eles realmente são. Acho que ainda estão à procura da sua identidade. Estão a subir na tabela, o que é positivo, e se encontrarem o seu ritmo, podem eventualmente disputar o título. Mas, neste momento, ainda não é claro onde estão e como se posicionam».
Ruud Gullit também passou pelo Newcastle (treinador) e destacou a conquista da Taça da Liga, o primeiro grande troféu inglês em 70 anos:
«Por outro lado, estou muito feliz pelo Newcastle. Ganhar um troféu foi uma conquista muito importante o clube, é algo que eles mereciam há muito tempo. E quem viu o jogo percebeu que estavam preparados para esse momento. Sentia-se a vontade com que estavam de conquistar esse troféu. Está de parabéns o Newcastle e os adeptos, estou orgulhoso do percurso que fizeram até aqui».
E o momento do AC Milan, atualmente treinado por Sérgio Conceição?
«Faz-me lembrar o Chelsea, perdeu o rumo. No papel, a equipa parece boa. Ganhar a Supertaça pode ter criado uma falsa confiança, mas o progresso real nunca se seguiu. Assim como o Paris Saint-Germain antes de se reestruturar, o Milan parece preso entre estilos. Vejam o PSG agora: um treinador com uma filosofia clara, jovens jogadores da academia com hipóteses de se mostrarem– e eles estão a apresentar um futebol brilhante. O Milan também precisa disso. Um regresso às suas raízes, ao ADN do futebol pelo qual eram conhecidos».
