
Tiago Gouveia deu uma entrevista aos meios de comunicação oficiais do Benfica. Extremo já voltou a jogar pela equipa A, ao fim de sete meses.
Tiago Gouveia lesionou-se no dia 24 de agosto de 2024 e só voltou a jogar pela equipa A do Benfica, frente ao Tirsense na Taça de Portugal. Ainda assim, o 31 de março de 2025 marcou o regresso aos relvados, ao serviço do Benfica B.
«Acho que consigo dizer que mentalmente cheguei mais forte, fisicamente e tecnicamente vou estar muito melhor, vou ser muito melhor do que era antes», referiu o extremo, que somou 25 minutos pela equipa principal, frente ao Tirsense na primeira mão das meias finais da Taça de Portugal.
«Podemos esperar o que fizemos até agora, tentar ganhar os jogos todos, de não desistir até ao final de nenhum jogo, independentemente se o jogo está a correr bem ou está a correr menos bem. Isto, esperar isto da equipa. De mim, esperar um Tiago muito motivado. Um Tiago fresco fisicamente e psicologicamente. E um Tiago feliz, entusiasmado, com uma vontade enorme de conseguir ajudar e de ser feliz», completou.
Tiago Gouveia falou sobre o jogo que marcou o regresso aos relvados:
«Foi um dia estranho, um dia diferente, porque passados sete meses muita coisa mudou (…) À medida que nos fomos aproximando do jogo, fui ficando um bocadinho de nada mais tenso. Depois do apito, caí um pouco na realidade de que acabou aquele tempo de sofrimento, acabou o tempo de incerteza, e foi uma felicidade muito grande (…) Foi um jogo exigente. Fisicamente senti-me bem. Joguei 45 minutos, fisicamente senti-me bem, ganhámos o jogo, não sofremos golos, por isso, acho que foi um jogo espetacular».
Tiago Gouveia abordou o período de recuperação de sete meses:
«A maior incerteza era a nível técnico e físico, como é que eu ia voltar, porque aquele receio do regresso, das rotações, ao nível do que é estar em campo, os sprints, tinha sempre alguma incerteza em relação a isso. Dissiparam-se um pouco depois à medida que fui voltando aos treinos, e agora cada vez mais se vai dissipando, vou sendo posto à prova mais vezes em treino, e esse é que é o meu maior objetivo».
Tiago Gouveia falou sobre quem o apoiou neste período:
«Fora daqui, a minha namorada, que foi fantástica neste tempo todo, foi realmente um dos meus maiores suportes. A minha mãe, o meu pai, os meus irmãos… A minha avó [risos] sempre a mandar mensagens, a perguntar como é que eu estava. Dentro do clube, a equipa toda, o grupo todo não me deixou cair e agradeço-lhes muito. Fizeram com que eu conseguisse ter um sorriso todos os dias, ver o António [Silva] a chegar de manhã e começava a rir para mim e eu começava a rir para ele… O Samu [Samuel Soares] igual, o Tomás [Araújo] a mesma coisa, o Barreiro, sei lá… o André Gomes… Foram sete meses bastante difíceis, mas foram sete meses que, vá, passaram a voar, se podemos dizer assim».
Tiago Gouveia nunca pensou em desistir e revelou quais foram dias mais difíceis e os mais fáceis:
«Desistir, desistir, nunca me passou pela cabeça. Mas como eu falei no início, eram as tais incertezas, as incertezas de como é que eu iria voltar. Isso foi o que mais me tomou conta da cabeça e do pensamento. Os dias mais difíceis para mim eram os dias de jogo da equipa, e os dias mais fáceis, para mim, eram os dias de treino, porque eu tinha o grupo todo. Nos dias de jogo, vinha mais desmotivado, porque de manhã estava sozinho, praticamente. Depois à noite, a ver o jogo, custa sempre. Ver de fora».
Tiago Gouveia foi questionado sobre se a «explosão» e a «intensidade» são características inctactas:
«Não tenho a mínima dúvida, estão bastante intactas e vão estar ainda mais intactas e mais consolidadas no futuro muito próximo».
Tiago Gouveia finalizou com uma mensagem direta para os Benfiquistas:
«Primeiro que tudo, agradecer o vosso apoio, o vosso suporte. Durante estes sete meses, fui recebendo muitas mensagens, mesmo na rua, muito preocupados e sempre a perguntar quando é que eu ia voltar, se estava melhor, etc. Primeiro que tudo agradecer o vosso apoio e o vosso carinho. E depois apelar ao apoio que têm dado até agora, mas apelar também ao sentido de responsabilidade, porque, acima de tudo, o vosso trabalho fora de campo é tão ou mais importante do que o nosso trabalho dentro de campo. Por isso, repito, apelar ao vosso amor, ao vosso coração, ao vosso apoio».
