As vendas da maior rival da norte-americana Tesla ficaram muito acima do objetivo de 3,6 milhões de unidades que estabeleceu anteriormente, segundo os dados divulgados pela empresa. "O campeão da China, o campeão do mundo", escreveu a BYD, numa publicação difundida nas redes sociais.
Se forem contabilizados apenas carros 100% elétricos, a BYD vendeu 1,76 milhões de unidades, ficando aquém da Tesla. A empresa norte-americana disse na quinta-feira que entregou 1,79 milhões de carros, no ano passado.
As chinesas Li Auto, Leapmotor e Xiaomi também ultrapassaram os objetivos traçados, vendendo 500.000, 290.000 e 135.000 veículos elétricos, respetivamente, durante 2024.
Analistas do setor preveem que as vendas de veículos elétricos ultrapassem as dos automóveis com motores de combustão interna na China, pela primeira vez, em 2025, num novo marco para o segmento.
Os fabricantes de automóveis chineses estão a ser apoiados pela atribuição aos compradores de 20.000 yuan (cerca de 2.700 euros) na substituição de carros antigos a gasolina por elétricos.
No entanto, uma intensa concorrência e feroz guerra de preços colocaram dezenas de fabricantes sob pressão. Dezenas de empresas como a Xpeng e a Nio ficaram aquém dos objetivos de vendas, apesar de terem registado um crescimento.
A consolidação já está a remodelar o maior mercado de veículos elétricos do mundo. No ano passado, empresas em fase de arranque, como a HiPhi e a Jidu, apoiada pelo Baidu, entraram em colapso. O conglomerado automóvel Geely combinou as suas submarcas Zeekr e Lynk & Co em novembro para "racionalizar as operações".
O Presidente chinês, Xi Jinping, reconheceu o sucesso da indústria no discurso de Ano Novo. "O volume de produção anual [da China] de veículos de energia nova ultrapassou pela primeira vez os 10 milhões de unidades", afirmou Xi, num discurso transmitido pela televisão na terça-feira.
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