Mais de 1.500 participantes --- incluindo Chefes de Estado, primeiros-ministros, ministros africanos, altos responsáveis do Governo norte-americano e líderes empresariais dos dois continentes --- são esperados na capital angolana, neste evento coorganizado pelo Corporate Council on Africa (CCA) e o Governo da República de Angola.

Os intervenientes vão abordar o desenvolvimento do comércio, investimento e parcerias económicas em setores como energia, infraestruturas, saúde, tecnologias digitais, agronegócio, indústrias criativas e minerais críticos.

Além do anfitrião e Presidente de Angola, João Lourenço, confirmaram já presença os chefes de Estado do Botsuana, Duma Boko, da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, da Etiópia, Taye Atske Selassie, da Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah, e da Zâmbia, Hakande Hichilema, além de primeiros-ministros de vários países africanos.

Do lado norte-americano, a delegação oficial inclui altos quadros do Departamento de Estado, como o responsável pelos assuntos africanos Troy Fritrell e o conselheiro do Presidente norte-americano, Donald Trump, para África Massad Boulos, bem como representantes do EXIM Bank, da Agência de Comércio e Desenvolvimento e do U.S. International Development Finance Corporation (DFC).

O programa da cimeira inclui sessões plenárias de alto nível, diálogos setoriais, mesas-redondas privadas e sessões de 'networking' B2B, bem como uma exposição de soluções tecnológicas.

Um dos temas de maior destaque será o Corredor do Lobito, infraestrutura ferroviária que liga Angola à República Democrática do Congo, Zâmbia e Tanzânia, considerada pelos EUA, União Europeia e seus parceiros regionais como um pilar estratégico para o escoamento de minerais críticos.

A realização da Cimeira em Luanda reflete o atual momento de aproximação estratégica entre Angola e os Estados Unidos, reforçado pela visita histórica do anterior Presidente norte-americana, Joe Biden, a Angola em Dezembro de 2024, a primeira de um Presidente dos Estados Unidos em funções.

"Considerado como um mercado emergente promissor com amplas oportunidades de investimento e país onde operam algumas multinacionais dos EUA, Angola tem fortalecido as suas relações com os Estados Unidos através de um Acordo de Comércio e Investimento (TIFA), que visa estimular o comércio e os investimentos", destaca o CCA.

A Cimeira coincide ainda com o 50.º aniversário da Independência de Angola e a presidência angolana da União Africana e pretende-se que resulte em novas parcerias público-privadas, acordos de investimento, iniciativas conjuntas de inovação tecnológica e pacotes de financiamento para acelerar projetos de infraestruturas, saúde e economia verde.

Os organizadores sublinham que o evento é uma plataforma para empresas africanas captarem capital norte-americano e para as empresas dos EUA ampliarem a sua presença nos mercados africanos.

Desde 1997, o CCA já organizou dezasseis edições da Cimeira de Negócios EUA-África, alternando entre os Estados Unidos e países anfitriões no continente africano, incluindo cidades como Washington, DC, Baltimore, Chicago e, mais recentemente, Dallas, além de países como África do Sul, Etiópia, Moçambique, Marrocos e Botsuana.

 

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