
Luanda recebe, de 22 a 25 de Junho, a 17.ª edição da Cimeira Empresarial EUA-África, o mais importante fórum de negócios entre os Estados Unidos e o continente africano, com o Corredor do Lobito entre os temas em destaque.
Mais de 1.500 participantes, incluindo chefes de Estado, primeiros-ministros, ministros africanos, altos responsáveis do Governo norte-americano e líderes empresariais dos dois continentes, são esperados na capital angolana, neste evento coorganizado pelo Corporate Council on Africa (CCA) e o Governo da República de Angola.
O programa da cimeira inclui sessões plenárias de alto nível, diálogos setoriais, mesas-redondas privadas e sessões de ‘networking’ B2B, bem como uma exposição de soluções tecnológicas.
Um dos temas de maior destaque será o Corredor do Lobito, infraestrutura ferroviária que liga Angola à República Democrática do Congo, Zâmbia e Tanzânia, considerada pelos EUA, União Europeia e seus parceiros regionais como um pilar estratégico para o escoamento de minerais críticos.
A realização da Cimeira em Luanda reflecte o actual momento de aproximação estratégica entre Angola e os Estados Unidos, reforçado pela visita histórica do anterior Presidente norte-americana, Joe Biden, a Angola em Dezembro de 2024, a primeira de um Presidente dos Estados Unidos em funções.
“Considerado como um mercado emergente promissor com amplas oportunidades de investimento e país onde operam algumas multinacionais dos EUA, Angola tem fortalecido as suas relações com os Estados Unidos através de um Acordo de Comércio e Investimento (TIFA), que visa estimular o comércio e os investimentos”, destaca o CCA.
A Cimeira coincide ainda com o 50.º aniversário da Independência de Angola e a presidência angolana da União Africana e pretende-se que resulte em novas parcerias público-privadas, acordos de investimento, iniciativas conjuntas de inovação tecnológica e pacotes de financiamento para acelerar projectos de infraestruturas, saúde e economia verde.
Os organizadores, diz a Lusa, sublinham que o evento é uma plataforma para empresas africanas captarem capital norte-americano e para as empresas dos EUA ampliarem a sua presença nos mercados africanos.