
O antigo ministro socialista João Cravinho morreu hoje aos 88 anos, disse à agência Lusa fonte do PS.
João Cravinho foi ministro ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território no XIII Governo Constitucional, chefiado por António Guterres, e ministro da Indústria e Tecnologia no IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves. O seu filho, João Gomes Cravinho, foi ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros em executivos liderados por António Costa.
Fonte da família adiantou à Antena 1 que João Cravinho, que nasceu em Angola, morreu hoje “tranquilamente em casa”.
Em 2006, enquanto deputado socialista, João Cravinho apresentou um ‘pacote anti-corrupção’, que incluía a polémica proposta de criminalização do enriquecimento ilícito, e que foi rejeitado pela sua própria bancada parlamentar, numa altura em que o líder do PS era o primeiro-ministro, José Sócrates.
Outra proposta de João Cravinho previa colocar sob suspeita uma pessoa cujas declarações de rendimentos não correspondessem ao seu real património.
Esta ideia foi também rejeitada pelos socialistas, que argumentaram que se estaria a inverter o ónus da prova.
Aguiar-Branco destaca “inúmeros cargos de relevo” e parlamento faz minuto de silêncio
A Assembleia da República assinalou hoje a morte do ex-ministro João Cravinho com um minuto de silêncio, após o presidente do parlamento ter destacado os “inúmeros cargos de relevo” que exerceu e os “serviços relevantes” prestados ao país.
A meio das declarações políticas que se estão a realizar hoje na Comissão Permanente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco disse que tinha recebido a notícia da morte de João Cravinho, enaltecendo os “inúmeros cargos de relevo” que exerceu em Portugal.
Foi “membro de vários Governos e nosso colega aqui na Assembleia da República. Prestou serviços relevantes ao país e eu não queria deixar de assinalar, e penso que o posso fazer em nome da câmara, o nosso testemunho de muito respeito e os nossos sentimentos à família e ao PS, em particular”, disse.
Após estas palavras, os deputados levantaram-se e fizeram um minuto de silêncio em homenagem a João Cravinho.
Lusa