
A renda mediana dos novos contratos de arrendamento de habitação fixou-se em 8,43 euros por metro quadrado (m2) no último trimestre de 2024, o valor mais alto desde 2020 (desde que há registo), segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor representa um aumento de mais 9,3% face ao mesmo período do ano anterior, uma desaceleração face ao registado no trimestre anterior (9,8%), mostram as Estatísticas de Rendas da Habitação ao Nível Local.
Para chegar a estes dados, o INE teve em conta a renda mediana dos 24.445 novos contratos de arrendamento. Face ao último trimestre de 2023, o número de novos contratos apresentou um acréscimo de 3,4%.
Por região, nove das 26 sub-regiões NUTS III registaram decréscimos homólogos no número de
novos contratos de arrendamento, salientando-se o Alentejo Litoral, com um decréscimo de 16,6%. Quanto ao valor, a renda mediana aumentou em todas as sub-regiões NUTS III do país, com exceção de Terras de Trás-os-Montes (-7,6%).
O valor mediano situou-se acima do valor nacional nas sub-regiões Grande Lisboa (13,49 euros por m2), Algarve (10,39), Península de Setúbal (10,35), Madeira (10,19) e Área Metropolitana do Porto (9,31).
No conjunto de 2024 o valor foi de 7,97 euros por m2, “tendo as sub-regiões da Grande Lisboa (13,06 euros por m2), Península de Setúbal (9,99), Região Autónoma da Madeira (9,60), Algarve (9,41) e Área Metropolitana do Porto (8,85) registado valores superiores ao nacional”.
Em alguns concelhos pagou-se menos que no verão
O INE indica ainda que, no período analisado, verificou-se um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se Guimarães (20,3%) com a maior variação homóloga e Lisboa com a maior renda mediana (16,04 euros por m2), embora com uma taxa de variação homóloga (3,4%) inferior à nacional (9,3%).
O gabinete estatístico refere também que 14 destes 24 municípios apresentaram taxas de variação homóloga do número de novos contratos superiores à nacional (3,4%), destacando-se o Vila Nova de Gaia (26,5%), com a maior variação.
Já na comparação trimestral, em alguns concelhos o valor das rendas diminuiu: é o caso de Braga, Matosinhos, Cascais, Lisboa, Odivelas, Almada e Funchal. A capital da Madeira teve mesmo a maior redução trimestral, com o valor das rendas a cair mais de 10%.