O arquiteto português Eduardo Souto de Moura foi distinguido com o Praemium Imperiale, um prestigiado prémio internacional atribuído pela Associação de Arte do Japão.

O Praemium Imperiale, criado em 1988, reconhece anualmente o contributo internacional de cinco personalidades nas Artes e na Cultura, e nesta 36.ª edição, entre as personalidades distinguidas figura Eduardo Souto de Moura, na área da Arquitetura.

Nesta edição, além de Souto de Moura foram ainda premiados os artistas plásticos Marian Abramovic (Sérvia) e Peter Doig (Reino Unido), o pianista András Schiff (Reino Unido) e a coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker (Bélgica).

O terceiro português

Esta não é a primeira vez que a cultura portuguesa é reconhecida com os Praemium Imperiale do Japão. Em 2024, foi distinguida a pianista Maria João Pires e em 1998 o também arquiteto Álvaro Siza Vieira.

Segundo a organização, “o prémio homenageia personalidades de todo o mundo que transcendem as fronteiras nacionais e étnicas, dando corpo à cultura e às artes do nosso tempo”.

Este ano, a cerimónia de entrega do prémio está marcada para 22 de outubro em Tóquio, noticiou a Agência France-Presse.

Percurso de Souto de Moura

A carreira de Eduardo Souto de Moura, nascido no Porto em 1952, soma mais de uma dezena de prémios, como o Leão de Ouro da Bienal de Veneza, atribuído em 2018, e o Pritzker, o “Nobel da arquitetura”, em 2011, pelo conjunto da obra.

Entre outras distinções, recebeu o Prémio da X Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo, em 2016, o Prémio Wolf de Artes, de Israel, em 2013, o Prémio Pessoa, em 1998, e o Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte – Portugal, em 1996.

O Praemium Imperiale foi criado em 1988 pela Associação de Arte do Japão para reconhecer “o trabalho excecional” em Pintura, Escultura, Arquitetura, Música e Teatro ou Cinema.

Nos Estados Unidos, a sua carreira foi reconhecida pela Academia Americana de Artes e Letras, com o Prémio Arnold W. Brunner 2019.

A Casa das Histórias Paula Rego (Cascais), o Estádio Municipal de Braga, a Torre Burgo (Porto), o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (Bragança), a remodelação do Museu Nacional Grão Vasco (Viseu) e os interiores dos Armazéns do Chiado (Lisboa) contam-se entre os seus projetos, assim como o pavilhão da Serpentine Gallery, nos jardins Kensington (Londres), feito em parceria com Álvaro Siza, com quem iniciou a carreira, em 1981.

com Lusa