Os juros do crédito à habitação continuam a descer e a poupar dinheiro aos clientes dos bancos. Em julho, a taxa de juro média dos empréstimos para esta finalidade foi de 2,88%, menos 0,04 pontos percentuais (pp) do que no mês anterior, configurando a sexta descida consecutiva, de acordo com as estatísticas divulgadas nesta quarta-feira pelo Banco de Portugal. A prestação média manteve-se nos 413 euros.

Esta queda deu-se tanto nos novos contratos como nas renegociações. Nos primeiros, a taxa de juro médio situou-se em 2,86% e nos segundos em 3,03%, uma diminuição de 0,01 pp e 0,13 pp, respetivamente. Face aos países da Zona Euro, Portugal mantém-se com a quinta menor taxa, abaixo da média de 3,28%. A médio dos parceiros do euro baixou 0,01 pp.

Segundo o banco central, 59% das novas operações no crédito à habitação foram feitas por jovens até aos 35 anos.

O montante de novos contratos na finalidade de habitação subiu 190 milhões para 2,11 mil milhões. Os dados revelados indicam ainda que 70% dos novos empréstimos foram contratados com taxa mista e tiveram uma taxa média de 2,77%, menos 0,01 pp. Os créditos a taxa variável reduziram 0,11 pp, para 2,83%, e os de taxa fixa caíram 0,15 pp para 3,36%.

Os empréstimos com taxa mista representavam, em julho, 40% do ‘stock’ total de crédito à habitação. Os contratos com taxa variável correspondem a 55,3% e os créditos a taxa fixa são 4,8%.

As novas operações de crédito a particulares totalizaram 3,42 mil milhões em julho, mais 284 milhões face ao mês anterior. Os novos contratos cresceram 291 milhões para 3,03 mil milhões, o valor mais elevado desde o início da série, em 2014. As renegociações foram 386 milhões, menos 6 milhões do que em junho.

Já nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média foi de 8,82% em julho, abaixo dos 8,86% do mês anterior. Relativa aos empréstimos para outros fins, a taxa desceu 0,06 pp para 3,5%. Em comparação com os congéneres europeus, a taxa média do crédito ao consumo fixou-se em 7,46%.

O montante dos novos contratos ao consumo atingiu 636 milhões de euros e o de crédito para outros fins 291 milhões. Houve aumentos em cadeia de 80 milhões e 20 milhões, respetivamente.

Relativamente a empréstimos concedidos a empresas, este ascendeu a um total de 2,8 mil milhões em julho, menos 292 milhões do que no mês anterior. A quebra deu-se tanto nos novos contratos como nos renegociados, que caíram 61 e 231 milhões, respetivamente, para 2,57 mil milhões e 235 milhões. A taxa de juro média das novas operações desceu 0,02 pp para 3,65%. Esta redução sucedeu-se tanto nos empréstimos até 1 milhão – de 3,88% para 3,84% – como acima de 1 milhão – de 3,55% para 3,41%.