Três companhias aéreas foram alvo de ciberataques nas últimas três semanas

Nas últimas três semanas, três grandes companhias aéreas mundiais – WestJet (Canadá), Hawaiian Airlines (EUA) e Qantas (Austrália) – confirmaram publicamente ciberataques que afetaram os seus sistemas, e os especialistas em cibersegurança afirmam que mais transportadoras podem ter sido visadas. A WestJet comunicou um incidente de cibersegurança com início a 13 de junho, que afetou [...]

Nas últimas três semanas, três grandes companhias aéreas mundiais – WestJet (Canadá), Hawaiian Airlines (EUA) e Qantas (Austrália) – confirmaram publicamente ciberataques que afetaram os seus sistemas, e os especialistas em cibersegurança afirmam que mais transportadoras podem ter sido visadas.

A WestJet comunicou um incidente de cibersegurança com início a 13 de junho, que afetou os sistemas internos e, potencialmente, o acesso dos clientes à sua aplicação e ao seu website.

Numa declaração da Comissão de Valores Mobiliários, a Hawaiian Airlines divulgou um evento de cibersegurança que teve início a 23 de junho e afetou determinados sistemas de tecnologia da informação.

A 27 de junho, o FBI alertou que observou “o grupo cibercriminoso Scattered Spider a expandir o seu alvo para incluir o setor das companhias aéreas” e que “qualquer pessoa no ecossistema das companhias aéreas, incluindo fornecedores e contratantes de confiança, pode estar em risco”.

Charles Carmakal, diretor de tecnologia da Mandiant, uma empresa de cibersegurança e subsidiária da Google, escreveu no Linkedin sobre “múltiplos incidentes no setor das companhias aéreas e dos transportes” que se assemelham às táticas da Scattered Spider, sugerindo que outras companhias aéreas podem ter sido visadas.

A Qantas Airlines, a companhia aérea de bandeira da Austrália, informou na quarta-feira que tinha ocorrido um incidente cibernético na segunda-feira num dos seus centros de contacto que expôs registos de cerca de 6 milhões de clientes, mas que não havia dados de cartões de crédito, informações financeiras pessoais, dados de passaportes ou informações de contas de passageiro frequente no sistema.

Várias agências de notícias informaram na semana passada que a Delta Air Lines bloqueou o acesso às contas de passageiros frequentes SkyMiles de alguns clientes – mas a companhia aérea confirmou à Forbes que as ações foram preventivas e “não foram o resultado de qualquer violação dos sistemas da Delta ou de fornecedores”.

(Com Forbes Internacional/Suzanne Rowan Kelleher)