Segundo o mais recente relatório da firma, a "forte procura" por soluções de inteligência artificial (IA) e computação de alto desempenho (HPC, na sigla em inglês), assim como "encomendas urgentes" na área da televisão, impulsionaram os lucros da TSMC, que atingiram 25.517 milhões de dólares (cerca de 23.800 milhões de euros) entre janeiro e março, uma subida homóloga de 35,4%.

A divisão de fabrico de 'chips' da Samsung manteve o segundo lugar, com uma quota de mercado de 7,7%, abaixo dos 11% registados no mesmo trimestre do ano anterior. Seguem-se a fabricante chinesa SMIC, com 6%, e a taiwanesa UMC, com 4,7%.

No total, as receitas dos dez maiores fabricantes mundiais de semicondutores ascenderam a 36.403 milhões de dólares (cerca de 34.000 milhões de euros) no primeiro trimestre, mais 24,78% em termos homólogos, impulsionadas por "encomendas urgentes de última hora" e pelo "prolongado impulso do programa de subsídios ao consumo na China", segundo o estudo.

Para o segundo trimestre, a TrendForce prevê que o efeito das compras antecipadas, motivadas pela guerra tarifária iniciada pelo Presidente norte-americano Donald Trump em abril, se esbata, originando uma "desaceleração geral".

Ainda assim, a consultora espera que a procura continuada gerada pelo programa de subsídios da China, a acumulação de inventários antes do lançamento de novos modelos de telemóveis e a procura estável de IA e HPC ajudem a manter elevada a taxa de utilização da capacidade instalada e conduzam a uma nova subida das receitas das dez principais fabricantes.

Taiwan, que acolhe o maior fabricante mundial de semicondutores (TSMC) e o maior montador de produtos eletrónicos (Foxconn), está a beneficiar do 'boom' da inteligência artificial e da computação de alto desempenho: o Produto Interno Bruto (PIB) do território cresceu 5,48% no primeiro trimestre de 2025, superando as previsões dos analistas, graças à forte dinâmica das exportações.

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