A presidente da Comissão Europeia apontou o Corredor do Lobito como o “melhor exemplo” do investimento em infra-estruturas em África.

Ursula von der Leyen copreside esta Sexta-feira, 20, juntamente com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a uma cimeira sobre a cooperação com África, intitulada “O Plano Mattei para África e o Portal de Entrada Global: Um esforço comum com o continente africano”, na qual o continente africano é representado pelo Presidente de Angola, João Lourenço, actualmente presidente em exercício da União Africana, estando também presentes líderes da Zâmbia, República Democrática do Congo e Tanzânia,e ainda instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Na intervenção de abertura dos trabalhos, a presidente do executivo comunitário defendeu o alinhamento das duas estratégias de investimento em África – o chamado Plano Mattei, proposto por Itália no ano passado, e a iniciativa “Global Gateway” (Portal de Entrada Global), um pacote de investimento de 150 mil milhões de euros lançado em 2022 pela União Europeia, considerando que ambos “nasceram para serem empreendimentos colectivos” e “para fazer face a desafios comuns”, tendo como objectivo “aproveitar as oportunidades que servem todos os envolvidos”.

Considerando que “há um novo dinamismo na forma como a África e a Europa trabalham em conjunto”, até porque os seus interesses “estão mais alinhados do que nunca”, von der Leyen destacou, entre os objectivos da cooperação reforçada, “impulsionar a produção de energia limpa em ambos os continentes”, “ligar os mercados digitais” e “construir corredores económicos modernos”.

“Para tudo isto, precisamos de investimento […] Vemos que outros países em todo o mundo estão a reduzir o seu financiamento. Pensamos que isso é errado. Atrair novos investimentos para África é do interesse de ambos. E o evento de hoje mostra que a nossa abordagem está a dar resultados”, disse, citada pela Lusa.