Céline Dion e 'Ne partez pas sans moi' foram responsáveis pela segunda vitória da Suíça no Festival Eurovisão da Canção, em 1988. Quase 40 anos depois, a cantora canadiana poderá estar de volta ao palco eurovisivo, desta vez como convidada e não como concorrente.

A hipótese foi levantada por Moritz Stadler, coprodutor executivo da 69.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que decorrerá em Basileia, na Suíça, em maio. Em declarações à agência de notícias France-Presse (AFP), o responsável adiantou que a participação de Céline Dion no evento está a ser "estudada".

"Céline Dion e o Festival Eurovisão da Canção na Suíça andam de mãos dadas. Isso é claro. Ela vai estar em Basileia? Estará ou não no espetáculo? Há muitas possibilidades e estamos a trabalhar nelas", disse, acrescentando que a "Eurovisão é feita de surpresas".

"Começámos em maio passado com algumas ideias malucas. Transformámos essas ideias loucas em conceitos em dezembro. E agora, desde dezembro, temos tentado realmente alcançar o que tínhamos imaginado com essas ideias loucas", afirmou.

Recorde-se que, antes de atingir fama mundial, Céline Dion foi convidada pela Suíça para ser a sua representante na 33.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, na Irlanda. "Queriam uma canadiana, a viver na parte francesa do país, a representar a Suíça na Irlanda", explicou a cantora em 2013.

A artista interpretou 'Ne partez pas sans moi', acabando por conquistar o primeiro lugar: a segunda de três vitórias da Suíça. Nesse ano, 1988, Portugal foi representado por Dora com 'Voltarei' e terminou em 18.º lugar de um total de 21 países.

Céline Dion afastou-se dos palcos após ter anunciado que sofria de síndrome de Moersch-Woltmann, também conhecida como síndrome de pessoa rígida. Trata-se de uma doença neurológica rara caracterizada por uma rigidez muscular flutuante, que provoca espasmos, que podem levar a convulsões, e afeta o seu desempenho vocal.

A cantora regressou aos palcos na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, a 26 de julho, onde interpretou de 'L'Hymne à l'amour', de Édith Piaf, do primeiro andar da Torre Eiffel.

Já esta quarta-feira, a estação estatal suíça, a SRF, anunciou que a cantora Zoë Më, nascida e criada em Basileia, será a representante do país nesta edição da Eurovisão. A música será revelada na próxima segunda-feira, dia 10 de março.

"Representar a Suíça na Eurovisão enquanto organizamos o concurso é uma grande honra e uma experiência surreal. Sou de Basileia e os meus avós vivem cá. Este é um momento de círculo completo, como algo saído de um conto de fadas", disse a artista de 24 anos, citada no site do Festival Eurovisão da Canção.

Recorde-se que o Festival Eurovisão da Canção 2025 realiza-se entre 13 e 17 de maio, em Basileia, na Suíça, após a vitória de Nemo, com 'The Code', na edição do ano passado.

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