Engane-se quem acha que a realeza não é regrada! Nem todas as monarquias têm as mesmas leis e há casas reais que dão prioridade aos homens no acesso ao trono. Ou seja, nem se o primogénito for uma rapariga e o caçula um rapaz quem irá ter acesso direto ao trono será o jovem menino.

De acordo com Alberto Miranda, especialista em famílias reais, e citado pelo Notícias ao Minuto, a “lei sálica reserva aos homens a sua primazia na sucessão”.

Este tema é acompanhado no livro do especialista ‘As Dez Monarquias da Europa’. “Este foi o caso, por exemplo, dos filhos dos reis da Noruega e dos príncipes do Mónaco. Os rapazes são mais novos e são eles o número um na linha de sucessão”, esclarece.

Por exemplo, no Reino Unido esta lei foi abolida tal como nos Países Baixos, Suécia, Bélgica e Dinamarca. Assim,a princesa Charlotte foi a primeira a ser beneficiada com o fim da lei sálica (2013), após o nascimento do irmão mais novo, o príncipe Louis, em 2018.

O caso de Espanha

No que diz respeito à família real espanhola, a lei torna-se alterada: “Em Espanha, esta lei ainda está em vigor, o que, se num futuro hipotético, Letizia engravidar e der à luz um rapaz, a princesa Leonor perde o seu estatuto de herdeira número um do trono”.

Lei sálica e Lei agnática

A lei sálica dá prioridade aos homens, mas não impede as mulheres de terem lugar no trono. A Lei agnática não coloca sequer essa possibilidade.

De acordo com Alberto Miranda , esta lei “determina que apenas os homens podem herdar o trono, o que pode comprometer a linha direta do soberano. É o caso dos novos imperadores do Japão, que só têm uma filha, e que por ser do sexo feminino não pode entrar na linha de sucessão. O príncipe herdeiro é o irmão do imperador”.

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Divulgação Oficial

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