Ângelo Rodrigues viveu um grande susto recentemente, tendo chegado a estar em coma induzido. Tudo aconteceu quando a 12 de janeiro foi internado, porém, dias depois, no dia 17, teve alta hospitalar. No dia 21, foi partilhada a sua primeira entrevista após o acontecido, ao humorista Salvador Martinha, no podcast Ar Livre, que levou a uma chuva de críticas.

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“Não são os erros que me definem…”

Meses depois e já neste sábado, dia 26 de abril, o ator falou com Andreia Rodrigues no Estamos em Casa, da SIC, sobre tudo o que aconteceu nos últimos meses. “Na verdade, nós não somos apenas o resultado das nossas ações, é importante ter tempo para nos encontrar”, referiu a apresentadora.

“Verdade. É um processo de constante construção, não somos uma obra acabada. Eu acho que ninguém chegará ao último dia de vida, ao fazer um exame de consciência, e pense que foi um ser humano perfeito que nunca errou e está pronto. As pessoas, provavelmente, vão se arrepender de algumas coisas. Nós podemos ser várias coisas ao mesmo tempo, e não ficar só conotado a uma coisa porque é um azar ou um percalço da vida“, começou por dizer, antes de acrescentar: “Não são estes percalços, não são os erros que me definem.”

“Quando te ouvimos, é como se em ti houvesse esta procura incessante, quase sôfrega, por viver a vida no seu estágio mais intenso e profundo. Essa vontade está em ti?”, questionou Andreia Rodrigues, ao que Ângelo afirmou que sim: “Sim, completamente. Como se eu tivesse algo galopante dentro de mim, com uma energia insaciável de procura, porque é um eterno estágio de aprendiz.”

O ator referiu que, embora não quisesse focar no que aconteceu há uns meses, deixou umas palavras quanto a tal. “Sim, é verdade, também, faz parte. Eu não queria estar a focar neste incidente que aconteceu e preferia dar valor a outras coisas, mas eu percebo que esta conversa pode funcionar para fechar um ciclo e começar outro”, disse, que não quer “tornar coisas que são íntimas, públicas”: “Não sei o que esperas que eu diga, Andreia, mas eu prefiro ir jantar contigo um dia e não tornar coisas que são íntimas públicas. A certo momento é só voyeurismo puro.”

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Texto: Rita Velha Fotos: Impala