
TV 7 Dias – O que podemos contar da Cuca nesta edição?
Cuca Roseta – Depende das atuações que forem surgindo. Fazer um The Voice Kids pela segunda vez já me traz mais segurança do que pela primeira vez, mas também já faço programas há muito tempo, já é o oitavo ou nono programa que faço, são muitos. Quando fiz a primeira edição foi mais para apalpar terreno, ver como é que funcionava, e depois acabei por me sentir bastante em casa. Agora ainda mais. Aliás, nesta edição temos a Nena e o Cristovinho, que são novos e o Diogo [N.R.: Piçarra] também nunca tinha feito o Kids. Na verdade eu era a única que vinha da edição anterior, e foi giro também mudar esse papel, porque na primeira edição eu e o Nininho [N.R.: Vaz Maia] éramos os novos, e agora já estou quase com um papel oposto, porque sou a única que vem da edição anterior. O que se pode esperar de mim vai depender das vozes e de como o programa se for desenrolando, que está, como como sempre, espetacular. Temos vozes incríveis e vamos ter uma grande final. Foi difícil chegar até aqui porque tivemos vozes espetaculares.
Ainda se surpreende com o talento que tem encontrado neste formato?
Sim, acho que este formato é incrível para as crianças, porque elas podem voltar e muitas vezes voltam muito melhores. É incrível porque realmente seguem muitos dos conselhos dos mentores. Há crianças que não viram nenhuma carreira e que no ano seguinte voltam e viram todas as cadeiras. É muito surpreendente, porque os vemos crescer e evoluir. Não param de aparecer talentos novos. Há muitas crianças que viam o programa há muito tempo, que não tinham tido a coragem de se inscrever, mas também vimos muitos talentos de crianças que foram experimentar uma vez e se calhar não tiveram uma experiência tão boa. Outras que tiveram uma experiência boa, mas por alguma razão as cadeiras não viraram, e que depois se revelam e nos surpreendem a todos. Por isso, acho que este formato em específico é quase como uma escola, uma oportunidade incrível. É um palco onde podem, no fundo, evoluir. Estas oportunidades que eles têm de terem o apoio de artistas já consagrados e de terem um lugar onde são ouvidos obrigam-os a crescer e a fazer escolhas mais cedo. Quem quer fazer carreira na música, acho que este programa é mesmo extraordinário, e é por isso que está no ar há muitos anos.
De que forma tem construido a sua equipa?
Eu confio um bocado na minha intuição e também na minha capacidade de persuasão, porque muitas vezes viramos os quatro as cadeiras e temos que os convencer a ficarem connosco. Portanto, há aqui uma parte que eu não controlo. Mas tive uma equipa espetacular este ano. Tive muitas dificuldades nas batalhas e na semifinal, porque todas as minhas vozes eram extraordinárias. Está a ser um programa muito feliz para mim como mentora, e tenho muita pena de ter de deixar alguns para trás.
O que a marcou mais até agora?
Marca-nos sempre muito perceber que não podemos levar todos os nossos meninos até à final, porque eles são quase como filhos. Nós lutamos muito para que façam parte da nossa equipa e depois ajudamo-los nos conselhos, na escolha das músicas e em todas as fases. Depois, somos nós que os temos que mandar embora. Faz parte do programa, mas custa sempre muito. Às vezes tenho até pesadelos, porque custa-me muito vê-los partir. No fundo, perceber a importância que tem para eles quererem ser os vencedores e saber que são todos ótimos e que têm que competir uns com os outros, às vezes é injusto. A meu ver as vozes não são comparáveis, nem as personalidades. Não é preciso ter uma grande voz para se ser artista. Há muitas outras caraterísticas que também são importantes, e é sempre muito difícil essa escolha.
Tem sido fácil trabalhar com os mais pequenos?
Por um lado é mais fácil trabalhar com os mais pequenos, por outro não. Os mais pequeninos complicam menos do que os adultos, competem menos, são mais puros e isso é lindíssimo de ver e se forem bem aconselhados pelos pais, aproveitam esta oportunidade da melhor forma. Conseguem viver a experiência de uma forma mais positiva, e é muito bonito e até uma grande lição e exemplo que dão pela forma como lidam com os medos e inseguranças, por outro lado é mais difícil ver os pequeninos às vezes tão novinhos a lidar com situações de stress, eu às vezes não durmo. Este é um programa de emoções muito fortes, queremos sempre que os nossos meninos ganhem, e perceber que só um vai ganhar é muito complicado. Mas, é um jogo, faz parte das regras. Mas é sempre uma choradeira, eu depois ainda choro em casa, mas é lindo porque ficamos ligados a eles, eu ainda estou ligada aos meus meninos da primeira edição, eles vêm cantar comigo nos meus concertos e isso é muito bom.
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Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: redes sociais