Pedro Chagas Freitas vive uma fase muito delicada. O filho do escritor, Benjamim, de seis anos, luta contra uma doença rara no fígado. O menino já fez inclusive um transplante, no Hospital Pediátrico de Coimbra, o ano passado. Foi ainda em bebé que o pequeno deu os primeiros sinais da doença.
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Segundo o escritor contou em conversa com Júlia Pinheiro, os sinais de alerta foram a “pele amarelecida, os olhos também amarelecidos, as fezes muito claras, quase brancas“.
“Esses sinais levaram-nos a tentar perceber o que é que era aquilo. O primeiro diagnóstico, aos quase três meses, era uma atresia – um bloqueio da via biliar”, recordou o escritor no Júlia, da SIC.
“Se fosse uma atresia, há um procedimento que tem de ser feito até aos três meses, no limite. Uma cirurgia que pode ou não fazer com que atrase o transplante. Mas depois chegou-se à conclusão – e foi uma grande notícia para nós naquela altura – que era um um défice alfa 1 antitripsina, uma enzima que no fundo ajuda o nosso fígado, os pulmões, e precisamos muito dela”, explicou de seguida.
“Podia originar uma série de complicações”
“Vivemos sempre com medicação, preocupações… Os sintomas nele eram quase sempre os mesmos. A barriga ficava maior (inchada), ficava também mais cansado, sangrava muito pelo nariz – era uma coisa quase diária e desde que foi transplantado nunca mais sangrou“, partilhou ainda, falando do crescimento do pequeno Benjamim.
“Apesar de ele ter uma vida ‘normal’, raramente fez períodos muito longos de escola. Qualquer vírus, constipação, que para os outros era normal, para ele podia originar uma série de complicações. E tínhamos que ter esse cuidado“, acrescentou.
Benjamim estava cada vez mais debilitado antes de se submeter ao transplante, e “renasceu” no dia em que foi operado. Na altura, ficou internado durante três meses. Isto porque após a cirurgia teve alguns sustos de saúde.
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Texto: Ana Rocio Fotos: redes sociais