
O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, acompanhou esta sexta-feira os presidentes das juntas de freguesia de São Sebastião, Luís Matos, e de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, Luís Custódio, numa deslocação ao local onde decorre uma alegada atividade de despejo irregular de resíduos em terrenos privados, na zona de Poçoilos.
A visita teve como objetivo verificar a gravidade da situação ambiental e pressionar as entidades com competência para atuarem com urgência. Os responsáveis locais falam numa possível violação das normas de licenciamento e fiscalização, com impactos ambientais que podem afetar gravemente o território.
“Estamos perante uma situação inaceitável que exige uma resposta célere das autoridades competentes. Caso contrário, a população será chamada a intervir e a manifestar-se”, alertaram os autarcas após a visita ao local.
Foi dado um prazo de 48 horas para que entidades como a CCDR-LVT (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo), a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) e a IGAMAOT (Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território) se pronunciem e atuem no terreno.
Caso não haja resposta, os representantes locais garantem que irão mobilizar os moradores para protestos públicos, exigindo a interrupção da atividade, apuramento de responsabilidades e total transparência sobre a eventual autorização da mesma.
A denúncia surge num momento em que aumentam os casos de depósitos ilegais de resíduos e entulho em zonas rurais do concelho, o que tem gerado preocupações com a saúde pública, contaminação dos solos e inação por parte das entidades reguladoras.
“Não basta indignarmo-nos. É necessário agir e exigir que o Estado cumpra a sua função de proteger o ambiente e as populações”, sublinharam os autarcas, reforçando que estão preparados para todas as formas de luta legal e cívica.