A presidência da Câmara de Beja vai ser disputada por cinco candidatos, entre os quais o atual autarca Paulo Arsénio (PS) e dois dos vereadores da oposição, nas eleições agendadas para o próximo dia 12 de outubro.

PS, CDU, PSD/CDS-PP/IL, Chega e Bloco de Esquerda são as forças políticas que anunciaram, até ao momento, os seus candidatos a este município alentejano, que desde as primeiras eleições autárquicas, em 1976, foi sempre liderado ‘à esquerda’.

Eleito presidente da Câmara de Beja desde 2017, o socialista Paulo Arsénio, de 53 anos e técnico de administração tributária, volta a ser candidato, procurando alcançar um terceiro mandato.

Na altura do anúncio da sua recandidatura, o PS referiu que a aposta em Paulo Arsénio “representa a continuidade de uma liderança séria, empenhada e com provas dadas no serviço público e na defesa dos interesses e qualidade de vida das populações”.

Apostado em recuperar a presidência da Câmara de Beja, que geriu de 1976 a 2009 e, depois, entre 2013 e 2017, a CDU volta a candidatar o psicólogo Vítor Picado, de 47 anos, atual vereador sem pelouro no município.

Esta candidatura “assume-se como a verdadeira alternativa a uma gestão do PS cada vez mais distante das populações e dos interesses do concelho, sem rumo e visão para o seu desenvolvimento”, frisou a coligação liderada pelo PCP, na altura do anúncio do cabeça de lista.

Também a coligação Beja Consegue, que em 2025 junta o PSD ao CDS-PP e à Iniciativa Liberal, repete como candidato à autarquia o professor e vereador sem pelouro Nuno Palma Ferro, de 54 anos.

Segundo o PSD, Nuno Palma Ferro “tem vindo a desempenhar um papel crucial na defesa do trabalho pela melhoria das condições de vida dos munícipes bejenses”, sendo “reconhecido por desenvolver uma oposição construtiva, assertiva, muito coerente e extremamente preparada”.

Pelo Chega a aposta como cabeça de lista à Câmara de Beja recaiu no técnico ambiental e agricultor David Catita, de 48 anos, apresentado pelo partido “como um homem livre, com coragem, raízes, competência e sentido de missão”.

“A sua candidatura representa uma nova esperança para Beja, baseada na valorização dos recursos locais, na defesa do mundo rural e num modelo de governação que privilegie o mérito, a transparência e a proximidade com os cidadãos”, acrescentou.

Já o Bloco de Esquerda tem como candidata à liderança do município alentejano a economista Madalena Figueira, de 28 anos.

Beja “necessita de uma nova política, assente na participação popular, e de novos protagonistas capazes de desenvolverem o concelho e de transformarem a cidade, sede de concelho, numa efetiva capital de distrito”, justificou o partido.

Com 33.394 habitantes, de acordo com os Censos de 2021, o concelho de Beja tem uma área total de 1.106,44 quilómetros quadrados.

Situado no ‘centro’ do distrito, este município tem como principais atividades económicas os serviços, o turismo e a agricultura, que beneficia do facto de grande parte da sua área agrícola ser irrigada pelo Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva.

O concelho dispõe ainda de um aeroporto, que utiliza a pista da Base Aérea n.º 11 de Beja e integra a rede da ANA – Aeroportos de Portugal.

O atual executivo da Câmara de Beja é composto por três eleitos do PS, três da CDU e um da coligação Beja Consegue, enquanto na assembleia municipal o PS tem 16 deputados, a CDU 13 e o Beja Consegue quatro (os socialistas têm maioria relativa em ambos).

As eleições autárquicas deste ano estão marcadas para 12 de outubro.