Dois sismos de elevada magnitude abalaram este domingo, 20 de julho, a região oriental da Rússia, ao largo da Península de Kamtchatka, provocando a emissão de um alerta de tsunami. Os fenómenos sísmicos, com magnitudes de 6,7 e 7,4 na escala de Richter, foram registados no Oceano Pacífico, entre 130 a 144 quilómetros de Petropavlovsk-Kamtchatsky, capital regional.

O alerta foi emitido após os tremores de terra, numa zona geológica particularmente instável. A Península de Kamtchatka situa-se na confluência das placas tectónicas do Pacífico e da América do Norte, sendo considerada pelo Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS) como uma das áreas do mundo com maior propensão para terramotos. Desde o ano de 1900, já ocorreram ali sete grandes sismos com magnitudes superiores a 8,3.

As autoridades russas estão a monitorizar atentamente a situação, enquanto as populações costeiras foram alertadas para possíveis alterações no nível do mar. Até ao momento, não há registo oficial de vítimas nem de danos materiais significativos, embora o risco se mantenha elevado.

Este evento volta a sublinhar a vulnerabilidade sísmica do chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, onde se concentram algumas das mais potentes e destrutivas atividades tectónicas do planeta.