A Polícia Judiciária desmantelou um grupo altamente organizado responsável por vários assaltos violentos a bancos no centro e sul do país. Cinco novos detidos juntam-se a outros quatro já capturados. Armas, automóveis e dinheiro fazem parte da apreensão.

A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional Contra Terrorismo, anunciou a detenção de cinco indivíduos ligados a uma associação criminosa que assaltava agências bancárias recorrendo a armas de fogo, sequestros e violência física, atuando com brutalidade em várias zonas do país.

O grupo operava desde agosto de 2024, tendo realizado vários assaltos em Lisboa, centro e sul de Portugal, e arrecadado quantias avultadas de dinheiro. As mais recentes detenções ocorreram a 16 de junho, na região da Grande Lisboa, no seguimento de uma investigação em curso que, no passado dia 6 de junho, já havia levado à prisão de outros quatro elementos.

Com estas detenções, a PJ soma nove arguidos identificados, sendo que três deles ficaram em prisão preventiva, enquanto os restantes seis — dois homens e quatro mulheres — ficaram sujeitos a outras medidas de coação não privativas da liberdade.

Durante as diligências, os inspetores apreenderam armas de fogo, onze viaturas, um motociclo, equipamentos de telecomunicações, computadores e cerca de 20 mil euros em numerário. Segundo a PJ, trata-se de um “vasto acervo probatório”, que sustenta o envolvimento direto dos detidos nos crimes em investigação.

O inquérito encontra-se a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Santarém, que prossegue a recolha de provas e o aprofundamento da rede de contactos da organização criminosa, não estando descartadas novas detenções nos próximos dias.

Esta operação representa mais um golpe da PJ no combate à criminalidade organizada, com particular foco em gangues violentos que colocam em risco a segurança das populações e o normal funcionamento das instituições bancárias.

A ousadia e brutalidade do grupo, aliadas ao uso de armamento real e táticas de intimidação, tornam este caso um dos mais relevantes dos últimos meses no âmbito do crime violento em Portugal.