
A taxa de esforço para arrendar uma habitação em Portugal atingiu os 83% no final de 2024, um aumento de dois pontos percentuais face ao ano anterior. No entanto, no Alentejo, Beja, Évora e Portalegre registaram uma redução deste indicador, de acordo com um estudo do idealista.
A maior descida da taxa de esforço para arrendamento na região verificou-se em Beja, onde passou de 43% para 33%, uma queda de 10 pontos percentuais (p.p.). Em Évora, registou-se uma descida de 7 p.p., enquanto em Portalegre a redução foi de 2 p.p. Estes três municípios destacam-se como os únicos no país onde a taxa de esforço para arrendamento se situa dentro do limite recomendado de 33%.
Já em termos de compra de habitação, a taxa de esforço diminuiu em Beja (-2 p.p.) e em Évora (-7 p.p.), enquanto em Portalegre houve um aumento de 4 p.p., passando de 18% para 22%. Apesar desta subida, Portalegre mantém-se entre as poucas cidades onde a compra de habitação exige um esforço inferior ao recomendado.
O estudo baseia-se nos valores de arrendamento e de compra de habitação do idealista, cruzados com os dados de rendimento líquido das famílias fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No caso da compra de habitação, o cálculo tem em conta a prestação média do crédito à habitação, ajustada à evolução das taxas de juro divulgadas pelo Banco Central Europeu (BCE).