
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou nesta quarta-feira (30) que o prazo para a imposição de tarifas comerciais mais elevadas ao Brasil, marcado para 1º de agosto, permanece inalterado. Em publicação na rede social Truth Social, Trump escreveu em maiúsculas: “O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1º de agosto – ele continua firme e não será prorrogado. Um grande dia para a América!!!”
A medida, que prevê a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, tem gerado forte impacto nos setores exportadores do Brasil, com contratos suspensos e cancelamento de embarques, especialmente no ramo dos pescados. O presidente da Abipesca, Eduardo Lobo, informou que todos os embarques foram suspensos, refletindo a apreensão da indústria diante da medida.
As entidades representativas do setor produtivo brasileiro têm apelado ao governo por maior pragmatismo nas negociações com os EUA e solicitam a extensão do prazo para a vigência das novas tarifas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também alertou para os riscos econômicos dessa escalada tarifária. Petya Koeva-Brooks, vice-diretora do Departamento de Pesquisa do FMI, destacou que as tarifas adicionais podem provocar uma desaceleração mais intensa na economia brasileira.
Em resposta, o governo brasileiro prepara um plano de contingência para mitigar os efeitos da medida, embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha afirmado que a decisão sobre a resposta oficial cabe ao presidente Lula. Haddad descartou a possibilidade de retaliar os EUA com medidas simétricas, enfatizando que “devolver na mesma moeda” não está contemplado nas opções do executivo.