Nos últimos anos, o discurso em torno da sustentabilidade deixou de ser acessório para se tornar central nas decisões estratégicas das empresas. Mais do que relatórios de impacto ambiental ou ações de responsabilidade social pontuais, espera-se hoje das organizações um alinhamento transversal com os princípios ESG — Environmental, Social and Governance. É neste contexto que a Rumos, referência nacional em formação e consultoria tecnológica, lança um desafio ambicioso à comunidade de TI: aplicar o mindset ágil, nomeadamente o Scrum, como motor de transformação sustentável.

Sob a condução de Mónica Araújo, especialista em Transformação Digital e Gestão Ágil, o webinar propõe-se descomplicar o ESG e torná-lo acionável através da lente prática dos frameworks ágeis. A sessão abordará casos reais de aplicação e mostrará como ferramentas do quotidiano tecnológico — como o backlog de produto ou a sprint review — podem ser moldadas para incorporar preocupações ambientais, sociais e de governance.

ESG e Scrum: convergência natural ou reinvenção de propósito?

A aproximação entre metodologias ágeis e práticas ESG pode, à primeira vista, parecer contraintuitiva. Afinal, os frameworks como o Scrum foram desenhados para maximizar a entrega de valor ao cliente num ambiente de constante mudança. No entanto, esta lógica de adaptação rápida e priorização contínua é precisamente o que o contexto ESG exige: a capacidade de responder a novos desafios de forma eficiente, sem perder de vista os impactos a médio e longo prazo.

Integrar objetivos como o ODS 12 das Nações Unidas — Consumo e Produção Responsáveis — nos artefactos ágeis não é apenas viável: é cada vez mais urgente. O papel do Product Owner, por exemplo, adquire uma nova dimensão quando chamado a ponderar critérios de sustentabilidade na definição das prioridades de desenvolvimento.

Incluir requisitos ESG no backlog não implica abrandar o ritmo nem diluir o foco do produto. Pelo contrário, pode significar reforçar o valor percebido pelos stakeholders, desde clientes finais a investidores institucionais, que exigem cada vez mais transparência, propósito e responsabilidade às empresas com quem se relacionam.

Mais do que formação, um convite à liderança consciente

A iniciativa da Rumos não é apenas formativa — é estratégica. Ao colocar no centro da discussão o cruzamento entre frameworks ágeis e impacto social, a empresa apela a uma nova geração de líderes tecnológicos: aqueles que percebem que a excelência técnica, por si só, já não basta.

A complexidade dos desafios globais — das alterações climáticas às desigualdades sociais — exige que os profissionais de TI assumam um papel mais ativo na construção de soluções sustentáveis, escaláveis e com propósito. E esse caminho começa, muitas vezes, pela forma como os projetos são pensados, priorizados e entregues.

Recomendações para líderes tecnológicos: como agir já

  1. Revisitar o backlog com lentes ESG: Identifique funcionalidades ou melhorias que possam reduzir o impacto ambiental, aumentar a inclusão digital ou reforçar práticas de governance.
  2. Redefinir o conceito de valor: Avalie o sucesso de uma entrega não só pelo tempo e custo, mas também pelo impacto positivo que pode gerar.
  3. Formar equipas com consciência de impacto: Inclua a sustentabilidade nos critérios de avaliação e discussão das equipas Scrum.
  4. Priorizar a literacia ESG no desenvolvimento profissional: Sessões como a da Rumos são oportunidades valiosas para elevar o debate interno e capacitar os profissionais com ferramentas práticas.

O webinar “Scrum para a Sustentabilidade e Impacto Social” será gratuito, mas o valor que pode gerar transcende o evento. Está em causa um novo paradigma para o setor das TI: um onde a inovação tecnológica não só acompanha a evolução do mercado, mas lidera o caminho para um futuro mais justo, eficiente e sustentável.

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