"A Autoridade Palestiniana, que até à data se recusa a condenar o massacre de 7 de outubro, pretendia organizar em Ramallah uma reunião provocatória de ministros dos Negócios Estrangeiros de países árabes para debater a promoção da criação de um Estado palestiniano", disse à agência Efe, sob anonimato, um alto responsável israelita.

"Esse Estado tornar-se-ia, sem dúvida, num Estado terrorista no coração da Terra de Israel. Israel não irá cooperar com medidas destinadas a prejudicar o país e a sua segurança", acrescentou a mesma fonte.

O chefe da diplomacia da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, deverá liderar a delegação composta pelos seus homólogos dos Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Qatar e Turquia, estando prevista uma reunião com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, em Ramallah.

A visita insere-se nos preparativos para uma conferência sobre a solução dos dois Estados, a realizar em junho, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, sob a liderança da França e da Arábia Saudita, e onde Paris deverá reconhecer oficialmente o Estado da Palestina.

O atual Governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu e considerado o mais radical da história do país, opõe-se frontalmente à criação de um Estado palestiniano e tem adotado diversas medidas nos últimos dois anos, incluindo a expansão de colonatos, para aprofundar a ocupação e a anexação de facto da Cisjordânia.

 

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