"Entre os dias 16 de janeiro e 24 de janeiro de 2025, foram solicitadas e acordadas, um total de 381 revisões, que, somadas às anteriormente processadas [...] perfazem um total de 1.896 libertações concedidas, no quadro do respeito e observância irrestrita dos princípios e garantias consagrados na Constituição da República", explicou o MP, em comunicado.

No documento, o MP indicou que as revisões fazem parte da "permanente atualização das investigações" em curso por aquele organismo, "incluindo as relacionadas com pessoas vinculadas à violência pós-eleitoral".

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho de 2024, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente e recandidato, Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.

O anúncio dos resultados foi objeto de protestos nas ruas, fortemente reprimidos pelas forças de segurança, violência que resultou em 27 mortos e 192 feridos, tendo as autoridades venezuelanas detido mais de 2.400 pessoas, segundo dados oficiais.

Em 10 de janeiro de 2025, Nicolás Maduro tomou posse para um novo mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados.

Em 22 de janeiro de 2025, dezenas de familiares de presos políticos, detidos a seguir às eleições, protestaram junto da sede do MP em Caracas, exigindo que lhes fosse concedida uma amnistia.

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