Marcelo Rebelo de Sousa afirmou este sábado que planeia aprovar a privatização parcial da TAP, desde que diploma esteja "exatamente em linha" com o que foi explicado pelo Governo. "Sendo importante para o país, não há nenhuma razão para não deixar passar", disse em declarações à RTP e Antena 1.

O Presidente da República esclareceu as "duas confusões" que surgiram após ter sido anunciada a privatização. Para o chefe de Estado, "o diploma ultrapassa as dificuldades" que levaram ao veto presidencial em 2023. E notou que "o Governo anterior tinha-se proposto a alterar isso, mas não teve oportunidade de o fazer".

Por outro lado, afastou também a "reserva mental" sobre uma futura "alienação" superior ou noutras condições da TAP. "Não vamos especular sobre o que se passa com outro Governo noutras circunstâncias. Este Governo propõe-se a avançar com estas condições", afirmou. O que está anunciado é um processo em "várias fases" que demoram tempo, reforçou. "Não é estar a prever um ano para depois haver um flic-flac e alterar as condições."

Já na noite desta sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa tinha considerado que o plano de privatização salvaguarda trabalhadores e posição do Estado Português.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas durante a tarde a partir de São Tomé e Príncipe, onde participou nas cerimónias que assinalam os 50 anos da independência deste país africano. O chefe de Estado assinalou que Portugal esteve representado "em força", com os sete grupos parlamentares a marcar presença. "Ficou patente o relacionamento espetacular com o povo são-tomense", afirmou.