
Num país onde o sistema educativo continua a avaliar o que é memorizável e não o que é transformador, a Fundação Santander Portugal e o Centro Português de Fundações (CPF) lançam um desafio que é, ao mesmo tempo, um grito de urgência: levar a criatividade para o centro da sala de aula. Através da iniciativa Mesa da Criatividade, pretende-se chegar a 3.300 escolas com uma ferramenta pedagógica que transforma o brincar em método de ensino.
Conforme já testemunhara Inês Oom de Sousa, "a criatividade é um imperativo educativo" e são precisamente "as competências criativas que preparam as crianças para os desafios do século XXI". "E Portugal não pode ficar para trás", alertou ao SAPO a presidente da Fundação Santander, uma das vozes mais ativas na defesa de uma escola mais humana, mais lúdica e mais eficaz.
A proposta que agora a Fundação Santander e o CPF levam ao ensino básico é simples, mas ambiciosa: um mobiliário multifuncional com seis gavetas recheadas de jogos, materiais e brinquedos, pensados para integrar o "aprender através do brincar" no currículo do 1.º Ciclo. A ideia é que a criatividade deixe de ser um luxo extracurricular e passe a ser um direito educativo.
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Através desta iniciativa, o “aprender através do brincar” deixa de ser apenas uma expressão e torna-se metodologia concreta em sala de aula. E quem pode juntar-se a esta iniciativa? Fundação e CPF explicam que a adesão está aberta a todos: escolas, empresas, autarquias, fundações e cidadãos. Adotar uma escola, apoiar a montagem das mesas, contribuir para o manual ou partilhar boas práticas são formas distintas de participar que acabam por envolver todo o tipo de atores.
Ao sentar cada criança à Mesa da Criatividade, estamos a desenhar, com imaginação e propósito, o futuro vibrante de Portugal.