Trubin (5) — Duas primeiras defesas fáceis do guarda-redes do Benfica, aos 6' e aos 10', sugeriam tarde agradável. Não. Um minuto depois, golo do Barcelona, Raphinha, sem qualquer chance de defesa. Aos 22', boa antecipação a Raphinha, aos 41' bela defesa perante disparo violento de Lewandowski na área, mas nada a fazer nos outros golos. E, com surpresa, pouco trabalho na segunda parte.

Tomás Araújo (3) — Quem vir o resumo na televisão, verá Tomás Araújo em todos os golos sofridos. Mas não é o único que deve responder por isso, longe disso. No primeiro, sim, esqueceu-se de Raphinha, que apareceu nas costas, mas no 2-1 bem pediu ajuda para impedir a fuga de Lamine Yamal. Dahl, porém, demorou a atacar o portador da bola e o resto é história. Depois, no terceiro bem tentou chegar a tempo de evitar o disparo de Raphinha, mas vinha de longe e o brasileiro ainda fez uma simulação que lhe permitiu ganhar tempo. Tomás, refira-se ainda, esteve mal onde costuma ser bom, no passe.

António Silva (5) — Lewandowski caiu mais do lado de Otamendi do que do seu e foi limpando muito coisa. A construir, mais dificuldades, sobretudo no passe, pois nunca arriscou subir com a bola controlada.

Dahl (4) — Como primeira experiência a tempo inteiro na posição teoricamente natural, lateral-esquerdo, não correu muito bem, sobretudo na primeira parte. Um passe errado condenou o que poderia ser ataque prometedor do Benfica aos 2'. No 1-0, estava adiantado, procurando receber bola que vinha alta, e viu ao longe o ataque finalizado por Raphinha. Depois, no 2-1, não ajudou Tomás Araújo como deveria, pressionando Yamal. A segunda parte foi melhor: aos 49' fugiu bem pela esquerda, aos 66', boa receção e bom passe para Pavlidis, já na área catalã. Aos 77', com espaço e toda a baliza à frente, demorou a rematar e não evitou que a bola encontrasse o adversário.

Aursnes (3) — Entrou bem, aplicando a boa técnica, mas depressa perdeu qualidade. Ao minuto 31, má receção quase dava oportunidade ao Barcelona, mas foi sobretudo no passe que desiludiu a equipa. Nunca terá errado tantos passes desde que chegou à Luz. O desgaste, visível ainda na primeira parte, pode explicá-lo.

Florentino (3) — Esteve parado várias semanas e notou-se. A diferença de velocidade para Pedri e companhia era gritante, a dificuldade na primeira fase de construção e no passe agravou a situação.

Kokçu (3) — Parecia cansado, ele que cumpre o Ramadão, ainda na primeira parte. Correu muitas vezes para tentar pressionar, por vezes sem sentido, queimando energia que depois não tinha para aplicar no passe e na organização. O cérebro da equipa não funcionou.

Akturkoglu (4) — Começou bem, mas nunca conseguiu aparecer onde é mais perigoso, na área, e o desgaste ajudou a deteriorar a qualidade de passe e a velocidade.

Pavlidis (5) — Atirou à figura de Szczesny na melhor ocasião de que dispôs, foi apanhado algumas vezes em fora de jogo, uma delas dolorosa, pois oferecera o golo a Ausrnes, mas soube jogar, mesmo solitário na frente.

Schjelderup (4) — É ele que marca o canto do golo do Benfica, sobressaiu nos primeiros 15 minutos, mas depois foi sempre a descer, acusando o cansaço, a falta de apoio e de inspiração.

Amdouni (5) — Entrou aos 56', bem, para a esquerda. Isolou Dahl aos 77' e quase marcou de cabeça aos 86'.

Renato Sanches (4) — Entrou aos 56', aos 80' fugiu bem pelo centro mas disparou mal, quando até poderia/deveria servir alguém.

Belotti (3) — Entrou aos 70' e não se deu por ele.

Leandro Barreiro (5) — Entrou aos 70' e ajudou a refrescar e a dar algum discernimento a um meio-campo que estava 'de gatas'.

João Rego (-) — Entrou aos 84', para ver as estrelas ao perto.