Por muito que sublinhe que todos merecem a "presunção de inocência", João Diogo Manteigas lembra os vários processos que mantêm Luís Filipe Vieira debaixo do olhar da justiça para justificar por que motivos não avançaria, se fosse o ex-dirigente, para uma candidatura à presidência do Benfica.

"E se Luís Filipe Vieira se candidatasse, ganhasse e houvesse depois uma acusação? O Ministério Público teria de o ir buscar novamente ao Benfica? Renunciava? Pode acontecer, é real. Isto, por si só, deveria desmotivar Luís Filipe Vieira e os conselheiros a avançar", avaliou o candidato num fórum virtual de interação com os sócios.

Despindo a pele de advogado, Manteigas considera que o próprio antigo presidente devia priorizar a defesa pessoal e só depois pensar em voltar a liderar o Benfica. "Na posição de Luís Filipe Vieira, entendia sempre que teria de limpar a minha imagem, provar que sou idóneo, que não prejudiquei o Benfica. Trataria de limpar o meu nome e defender-me para depois sim, candidatar-me se tivesse interesse. Ou seja, não o faria agora", clarificou, adivinhando uma comunicação de Vieira para breve: "Parece-me que se vai posicionar sobre Rui Costa, sobre as eleições e avaliar o trabalho nos últimos quatro anos. E não será nada amigável."

À espera de Rui Costa

Por falar em posicionamento, João Diogo Manteigas pressiona Rui Costa, afirmando que é o momento certo para o presidente das águias dissipar quaisquer dúvidas. "Entendo que não tenha anunciado para não desestabilizar devido ao Mundial de Clubes, mas quanto mais depressa assumir a recandidatura, melhor", atirou, anotando: "Nunca foi ponderada pela atual direção a hipótese de eleições antecipadas porque há o interesse óbvio de recandidatura. Seria uma questão de tempo."