A TAP SA, onde está a parte operacional da companhia aérea, pediu a insolvência da TAP SGPS, entretanto rebatizada SIAVILO. E será a companhia liderada por Luís Rodrigues a resolver o processo pendente relativo ao empréstimo obrigacionista da Azul, que pede o pagamento de 177 milhões de euros, avançaram num encontro com jornalistas os ministros das Finanças e das Infraestruturas. Tudo aponta para que o processo avance em tribunal.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, sublinhou que a imprensa tem falado dos 177 milhões de euros do empréstimo obrigacionisa da Azul mas não fala dos mais de mil milhões que são devidos à TAP SA, pela antiga TAP SGPS. A TAP SA teve de injetar mil milhões de euros para cobrir os prejuízos da TAP SGPS.

O governante esclareceu que nem o Governo nem o Estado, nem o Orçamento do Estado, terão qualquer responsabilidade sobre o empréstimo obrigacionista da Azul, que foi de 90 milhões em 2016, quando as duas companhias, a TAP e a transportadora, tinham David Neeleman como acionista.

Pinto Luz e o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, esclareceram que será uma responsabilidade gestionária da TAP SA, que será ela que terá de dirimir – se for necessário, nos tribunais.

A TAP terá de negociar com quem tiver de negociar, disse ao Expresso o ministro das Infraestruturas. E esclareceu: A TAP SA não é má pagadora, não age de má-fé, nem é caloteira. Este Estado, que é gerido pelo XV Governo Constitucional, gerido pelo doutor Luís Montenegro, é um Estado que cumpre e é um Estado de palavra. E, portanto, aquilo que tiver de pagar é aquilo que vai ter de pagar. Mas é uma negociação.