O empresário angolano, Pinto Matamba, apresentou o projecto inovador de sustentabilidade de resíduos ao empresário e consultor internacional, Barry Johnson, que visitou Angola pela primeira vez, na qualidade de orador convidado da Cimeira de Negócios EUA-África 2025, realizada em Luanda

Após a sua inspiradora intervenção, intitulada “Por que os Escritórios Familiares são Fundamentais para o Futuro de África”,  Johnson acedeu ao convite do empresário Pinto Matamba, fundador do grupo empresarial Kiyamata Business Center, para conhecer de perto um projecto inovador na área da sustentabilidade e reciclagem de resíduos, o qual revela o potencial do continente africano para transformar desafios ambientais em oportunidades de crescimento económico sustentável.

Sob a liderança de Pinto Matamba, o referido projecto centra-se na reutilização de pneus usados, baldes de tinta, sacos vazios de cimento e outros resíduos plásticos.

“Estes materiais são cuidadosamente reciclados e transformados em hortas, canteiros de flores e recipientes de cultivo, promovendo, assim, a agricultura urbana, a segurança alimentar e o reforço da economia circular. Esta iniciativa não apenas contribui para a redução da poluição, como também valoriza os resíduos descartados, convertendo-os em recursos úteis para as comunidades locais”, explica-se numa nota.

Barry Johnson disse que Pinto Matamba representa uma nova geração de líderes empreendedores africanos, que aliam inovação à sabedoria ancestral para conceber soluções sustentáveis e economicamente viáveis.

“O seu projecto é um exemplo notável de como a criatividade e o empreendedorismo podem transformar resíduos em alimentos nutritivos, contribuindo para a autonomia alimentar e o desenvolvimento local”, referiu.

Segundo Matamba, a iniciativa detém o potencial de revolucionar, tanto a agricultura como a economia do continente africano

“Até há poucos anos, dependíamos de importações de milhões de dólares em produtos alimentares básicos. Hoje, estamos a transformar o desperdício em oportunidade, alimentando a nossa população e combatendo a desnutrição. A juventude empreendedora africana necessita de tecnologia, conhecimento técnico e financiamento para trabalhar a terra e expandir este potencial”, considerou.

Para Johnson, esta iniciativa é um testemunho da força do empreendedorismo africano e da sua capacidade para criar soluções sustentáveis que promovem a inclusão social, reduzem os níveis de poluição e impulsionam a economia circular.

Acrescentou que o projecto se destaca como uma estratégia de elevado impacto social, ao empoderar as comunidades locais e fomentar a autonomia económica.

O também presidente executivo da 7 Generations Africa e do 7 Generations Institute, lidera igualmente o primeiro movimento público-privado dedicado a aumentar o número de verdadeiros Escritórios Familiares no continente africano.

A sua missão visa fortalecer a riqueza, o bem-estar e o impacto positivo das famílias africanas, incentivando os governos a adoptarem políticas públicas que atraiam capital de desenvolvimento e promovam uma prosperidade inclusiva e sustentável.

“Estou convicto de que projectos como este representam o verdadeiro futuro de África, uma combinação exemplar de inovação, sustentabilidade e empreendedorismo que poderá transformar desafios ambientais em motores de desenvolvimento económico”, concluiu.