A Câmara Municipal de Sintra determinou o encerramento do perímetro florestal da Serra de Sintra e de vários monumentos históricos entre os dias 27 e 29 de julho, na sequência da previsão de Perigo de Incêndio Rural Muito Elevado emitida pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A medida aplica-se a partir da meia-noite de sábado até às 23h59 de segunda-feira, e visa salvaguardar pessoas, património e ecossistemas numa das zonas florestais mais visitadas e sensíveis do país.

Durante este período, fica proibido o acesso, circulação e permanência em espaços florestais, incluindo estradas que os atravessem. Serão também encerrados vários monumentos localizados no interior da serra, designadamente o Parque e Palácio Nacional da Pena, o Convento dos Capuchos, o Parque e Palácio de Monserrate e o Castelo dos Mouros.

Mantêm-se abertos ao público a Quinta da Regaleira, o Palácio Nacional de Sintra e o Palácio Nacional de Queluz, por se encontrarem fora da zona florestal abrangida pelas restrições.

Esta decisão surge num contexto de grande fragilidade ambiental, após a Depressão Martinho, que provocou a queda de mais de 100 mil árvores na Serra de Sintra, dificultando as ações de prevenção e aumentando o risco de propagação de incêndios. Os trabalhos de limpeza e manutenção em curso foram suspensos temporariamente, sendo agora reforçados os meios de vigilância, com a colaboração da GNR, Bombeiros, Parques de Sintra e Exército Português.

Apenas os residentes, profissionais com atividade na área e pessoas a prestar assistência a cidadãos vulneráveis poderão circular nos espaços interditos. Os veículos de socorro e das autoridades de proteção civil têm também livre circulação.

Face ao estado de prontidão especial decretado pela Proteção Civil da Grande Lisboa, serão adotadas medidas excecionais como: Proibição de queimadas e uso de maquinaria em zonas florestais; Interdição de fogo-de-artifício e outros artefactos pirotécnicos; Reforço das equipas de patrulhamento e vigilância florestal; Mobilização de meios de socorro, sapadores e vigilantes da natureza.

O município de Sintra reforça o apelo à responsabilidade individual dos cidadãos, recomendando evitar deslocações não essenciais e o cumprimento rigoroso das orientações das autoridades. A situação será reavaliada diariamente, consoante a evolução das condições meteorológicas.

A Serra de Sintra é uma área protegida de elevado valor ecológico, turístico e cultural, classificada como Património da Humanidade, e enfrenta pressões acrescidas devido ao elevado número de visitantes, tornando essencial a adoção de medidas preventivas rigorosas para assegurar a conservação do território e a segurança de todos.