
O Tribunal de Aveiro absolveu Fernando Valente, o homem acusado de envolvimento na morte de Mónica Silva, a mulher grávida da Murtosa desaparecida desde 2023. A decisão, proferida esta terça-feira, 8 de julho, causou profunda indignação entre os familiares da vítima, que não esconderam a revolta à saída do tribunal.
O arguido foi libertado e saiu escoltado pela PSP, por uma porta lateral do edifício judicial, o que gerou ainda mais tensão. No exterior, uma das tias de Mónica reagiu com duras palavras: “Ele ficou em liberdade? Então devia sair cá para fora. Meteram-no a sair por uma porta de lado. Para nós, isto significa guerra. Só estávamos à espera de ver o que a justiça dava. Agora é que pode ser o fim da macacada.”
Durante a sessão, vários familiares proferiram ameaças contra Fernando Valente, ainda dentro da sala de audiências. O advogado da família da vítima, António Falé de Carvalho, apelou à calma e lembrou que a sentença pode ainda ser alvo de recurso.
A decisão do coletivo de juízes deixou a comunidade local em choque e reacendeu o debate sobre a confiança na justiça em casos de violência contra mulheres. Mónica Silva estava grávida quando desapareceu, o que conferiu ao caso um caráter particularmente sensível e mediático desde o início.