"Não são os resultados alcançados que nos vão distrair de chamar a atenção para a importância de trazer mais pessoas com deficiência à prática desportiva", alertou José Lourenço, presidente do Comité Paralímpico de Portugal.
“A ADoP devia ter garantido que a questão era vista com o tempo suficiente para que os atletas não chegassem aqui sem haver a garantia de que, de facto, não iríamos aqui ser surpreendidos como fomos”, afirmou o presidente José Lourenço.
De acordo com o presidente do comité organizador, foram vendidos 9,5 milhões de ingressos para os Jogos Olímpicos e 2,5 milhões para os Paralímpicos, superando os números de Londres 2012 (10,9 milhões).
Norberto Mourão, que ao bronze de Tóquio2020 junta medalhas em Europeus e Mundiais, afirmou sentir-se bem e garantiu que “enquanto houver força para treinar” vai continuar, admitindo uma presença em Los Angeles2028.
A espanhola Elena Congost terminou a maratona da classe T12 no terceiro lugar, e ajudou o seu guia a atravessar a meta quando esteve estava prestes a perder os sentidos.
Portugal, que na capital francesa conseguiu dois ouros, uma prata e quatro bronzes, conta agora no seu palmarés com 27 medalhas de ouro, 31 de prata e 43 de bronze.
Depois de a cerimónia de abertura ter decorrido na Praça da Concórdia, no coração da cidade, a de encerramento terá lugar no Stade de France, e tem início marcado para as 20:30 locais (19:30 em Lisboa).
Ao 11.º dia de competição, Portugal somou a sétima medalha em Paris2024, igualando os resultados de Pequim2008, depois de ter conseguido três pódios em Londres2012, quatro no Rio2016 e dois em Tóquio2020.
No Stade de France, Carolina Duarte, que tinha sido a mais rápida nas eliminatórias, correu a final em 55,52, terminando atrás da azeri Lamyia Valiyeva, que foi prata, e da brasileira Rayane Silva.
Além das três medalhas do atletismo, Portugal conseguiu até hoje, penúltimo dia de competições, mais quatro em Paris2024, uma de ouro e três de bronze.
Marcelo Rebelo de Sousa manifestou ainda o desejo de que esta medalha seja uma inspiração para todos os que praticam desporto, lembrando que Portugal iniciou o caminho para as 200 medalhas.
A ligação entre política e desporto não é uma coisa recente. A utilização do desporto como veículo de valores e ideologias remonta ao tempo da Grécia Antiga, quando os Jogos Olímpicos prestavam homenagem a Zeus.
É a terceira medalha do atletismo português em Paris2024, depois de Miguel Monteiro se ter sagrado campeão paralímpico do lançamento do peso F40, e de Sandro Baessa ter conquistado a prata nos 1.500 metros T20.
A atleta natural do Açores considerou que a participação foi “ótima”, mas admitiu que “ficou um sabor agridoce com os três saltos nulos” que fez por “estar um pouco agitada”.
A dois dias do final da competição, Portugal está a uma medalha de igualar a melhor participação das últimas quatro edições de Jogos Paralímpicos, conseguida em Pequim2008, com sete subidas ao pódio.
Consigo também chegou André Ramos, quinto classificado na prova masculina e que também participou na competição coletiva com Cristina Gonçalves, para além de David Araújo.