A ficção cyberpunk sobrevive porque o futuro que imaginou na década de 80 é aquele em que vivemos. Mas, ao mesmo tempo, está a definhar, porque “interiorizámos a ideia de que o sistema em que vivemos é uma inevitabilidade e, com isso, a nossa imaginação estagnou”.
Num mundo que parece cada vez mais polarizado, e em que comunicar com o “outro”, com o que é diferente de nós, se tornou mais difícil, faz todo o sentido ler ou reler “Solaris”, uma intemporal obra-prima da literatura. “O Homem lançou-se à procura de outros mundos e outras civilizações, sem antes te
Vive há seis anos entre Lisboa, onde há muito, e a Ilha de Moçambique, onde há pouco. Antes de um recolher forçado pela pandemia, José Eduardo Agualusa escreveu “Os Vivos e os Outros” sobre um confinamento na ilha. Confinou em Lisboa, mas considera que foi uma época rotineira na vida de um escritor.
O escritor angolano prepara-se para publicar a 11 de novembro o livro «O Mais Belo Fim do Mundo», uma coletânea de crónicas e contos que escreveu entre 2018 e 2021 sobre “estes estranhos tempos que estamos a atravessar”, como explica em entrevista ao SAPO. Entretanto, a 25 de outubro, marcou presenç
O mais recente livro do escritor Bruno Vieira Amaral não é um romance. Trata-se da primeira biografia de José Cardoso Pires, um dos grandes nomes (mas quase esquecido, apesar do seu importante legado) da literatura portuguesa do século XX. Para a posteridade ficou a famosa rivalidade que teve com Jo