
Pol Espargaró da KTM analisa o GP da Catalunha: os altos, baixos e emoções do MotoGP!
Com os motores a rugir no Circuito de Barcelona-Catalunha para o muito aguardado Grande Prémio da Catalunha, o piloto de testes da KTM, Pol Espargaró, assumiu o protagonismo ao dissecar os triunfos e desafios do dia. O catalão falou sem filtros, destacando a evolução da moto da KTM, a ascensão impressionante de Pedro Acosta e as dificuldades sentidas por nomes consagrados como Maverick Viñales e Pecco Bagnaia.
Em entrevista exclusiva à DAZN, Espargaró elogiou a dedicação incansável da sua equipa, com especial referência ao papel crucial de Dani Pedrosa nas intensas sessões de treino: “As incontáveis horas de suor e sacrifício aqui em Barcelona, sob o calor sufocante, estão finalmente a dar frutos.” Sublinhou ainda que as mais recentes melhorias aerodinâmicas reforçaram a estabilidade da frente da moto, recordando as dúvidas que tinham surgido na pré-época após várias quedas preocupantes.
Embora Barcelona seja tradicionalmente uma pista difícil para a KTM, devido às curvas longas e à fraca aderência, Espargaró realçou a resiliência da moto: “A KTM sempre sofreu aqui pelas características do traçado, mas a moto mostrou uma capacidade notável. Conseguir ser competitivo em condições pouco ideais é prova da nossa evolução.”
O foco passou depois para o jovem fenómeno Pedro Acosta, que garantiu entrada direta no Q2, mesmo após uma queda. “Ele conseguiu a vaga apesar de uma queda na curva dois, que é particularmente traiçoeira quando se estreia um pneu traseiro macio”, explicou Espargaró, avisando que essa curva exige máxima precisão.
O drama não ficou por aí: Maverick Viñales terminou a sessão no centro médico após poucas voltas, levando Espargaró a levantar duas hipóteses — ou está a lidar com limitações físicas, ou a gerir esforços para aguentar o fim de semana. “Amanhã vai ser um dia longo e duro, sobretudo porque a qualificação é mais exigente do que a corrida de domingo”, alertou.
Sobre a possibilidade de substituir Viñales, foi direto: “Saltar para a moto sem qualquer treino e ir logo para a qualificação contra estes pilotos rapidíssimos não é tarefa fácil.”
Espargaró analisou ainda o panorama mais amplo do MotoGP, deixando críticas à Ducati. Mostrou surpresa com o regresso em força de Álex Márquez e com o quarto lugar de Marc Márquez, considerando-o abaixo do esperado: “Ver o Marc fora do top três é estranho, mostra que algo não correu bem.”
Foi menos brando com Bagnaia, afirmando de forma contundente: “Ele está fora, está em dificuldades.” Ainda assim, mostrou confiança numa recuperação no Q1: “Se teve problemas em Balaton Park, ninguém esperava que também tivesse dificuldades em Barcelona.”
Quanto às implicações no campeonato, destacou a importância das concessões que permitiram às outras marcas aproximarem-se da Ducati: “Todos os fabricantes estão a chegar-se à performance da Ducati, algo que parecia impossível no início da época.”
Por fim, refletiu sobre a evolução de Jorge Martín, recordando os tempos de sucesso com a Pramac: “Todos queremos ver de novo aquele Jorge Martín que vencia constantemente no ano passado.” Contudo, reconheceu que o espanhol precisa de mais tempo para se adaptar e encontrar a afinação certa.
Com a temporada a avançar, as atenções mantêm-se em KTM, Pedro Acosta e na feroz batalha pelo título, numa época em que a emoção e a pressão atingem o limite.