O historiador de arte Xavier Salomon, atual diretor-adjunto e curador chefe da Frick Collection, em Nova Iorque, vai ser o próximo diretor do Museu Gulbenkian, em Lisboa, anunciou o conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

Na sequência de um processo de recrutamento internacional, Xavier Salomon irá suceder a António Filipe Pimentel que passará à reforma no início do próximo ano.

Nascido em Roma, em 1979, Salomon cresceu entre Itália e o Reino Unido, tendo estudado no Courtauld Institute of Art, em Londres, onde obteve a licenciatura em História da Arte, assim como o mestrado e o doutoramento.

Trabalhou no British Museum e na National Gallery em Londres, antes de ser nomeado, em 2006, Curador Principal Arturo e Holly Melosi na Dulwich Picture Gallery. Nesta instituição, comissariou exposições de artistas como Guido Reni, Paolo Veronese, Salvator Rosa, Anthony van Dyck, Nicolas Poussin e Cy Twombly.

Em 2011, integrou o Departamento de Pintura Europeia do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, como Curador do Barroco do Sul, responsável pelas pinturas italianas dos séculos XVII e XVIII, francesas do século XVII, e espanholas.

Em 2014 foi curador da exposição monográficaPaolo Veronese: Magnificence in Renaissance Venicena National Gallery, em Londres. Nesse mesmo ano, foi nomeado Diretor-adjunto e Curador-chefe Peter Jay Sharp da The Frick Collection, onde organizou exposições dedicadas a artistas como Guido Cagnacci, Paolo Veronese, Antonio Canova, Giambattista Tiepolo, Luigi Valadier, Bartolomé Esteban Murillo, Bertoldo di Giovanni, Giovanni Bellini e Giorgione. Colaborou também em projetos com os artistas contemporâneos, Doron Langberg, Salman Toor, Jenna Gribbon, Nicolas Party e Flora Yukhnovich.

As suas principais áreas de especialização são a arte e o mecenato em Roma e Veneza dos séculos XVII e XVIII, e os pintores Paolo Veronese e Rosalba Carriera.

Em 2022, foi curador das exposiçõesJames McNeill Whistler (1834–1903).Chefs d’oeuvre de la Frick Collection, New York, no Museu d’Orsay em Paris, eThe Polish Rider.The King’s Rembrandtno Royal Łazienki Museum, de Varsóvia, e no Castelo Real de Wawel, em Cracóvia.

Nos anos mais recentes, dirigiu a renovação das galerias da Frick, que implicou a mudança provisória em 2021 da coleção para a Frick Madison e o seu retorno ao edifício histórico do museu, que reabriu em abril deste ano.

Tem uma obra amplamente divulgada e os seus artigos académicos foram publicados na The Burlington Magazine, Apollo, Journal of the History of Collections, Master Drawings, Metropolitan Museum Journal e no Boletín del Museo del Prado, entre outros. É autor das séries onlineCocktails with a CuratoreTravels with a Curatore do livro associado (2022).

Foi tambémRome Scholarna Escola Britânica de Roma em 2002-03,Fellowno Robert H. Smith International Center for Jefferson Studies, Monticello, Virgínia, em 2017, eLeigh Fermor House Fellow, no Museu Benaki, Atenas, em 2024.

Atualmente, prepara um novo catálogoraisonnédos desenhos de Paolo Veronese e o catálogo das pinturas espanholas da The Frick Collection. As suas principais áreas de especialização são a arte e o mecenato em Roma e Veneza dos séculos XVII e XVIII, e os pintores Paolo Veronese e Rosalba Carriera.

Em 2018, Salomon foi nomeado Cavaliere della Stella d’Italia pelo Presidente da República Italiana.

O Museu Gulbenkian acolhe a coleção reunida por Calouste Sarkis Gulbenkian ao longo da sua vida (1869-1955), totalizando mais de seis mil peças, da Antiguidade ao início do século XX, incluindo Arte Egípcia, Greco-romana, Islâmica e do Extremo Oriente e ainda Numismática, Pintura e Artes Decorativas europeias.

Atualmente fechado, o Museu reabrirá, no verão de 2026, após renovação geral do sistema de climatização, de iluminação e de segurança das suas galerias e reservas.